São Paulo, domingo, 17 de fevereiro de 2008

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Enterro de menina no Rio é marcado por protestos

BRENO COSTA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO

Protestos contra a ação da polícia marcaram o velório e o enterro de Ágata Marques dos Santos, 11, atingida por uma bala de fuzil no ombro, dentro de casa, durante uma incursão policial na favela da Rocinha, em São Conrado, zona sul do Rio, na sexta-feira.
Parentes da menina e moradores da comunidade dizem que o disparo que matou Ágata partiu da arma de um policial. A Polícia Civil nega. Um inquérito já foi aberto para apurar as circunstâncias da morte, e uma perícia na casa da menina será realizada amanhã.
Na tarde de ontem, uma carreata em protesto pela morte da garota reuniu mais de 400 veículos por 15 km. Cerca de mil pessoas foram ao velório e ao enterro, segundo a PM.
O pai de Ágata, Claudino dos Santos, 36, que estava com a filha no momento do disparo, disse ter "certeza absoluta" de que o tiro partiu da polícia.
O governador do Rio, Sérgio Cabral, já afirmou que o tráfico de drogas nas regiões que serão atendidas por obras do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) será reprimido antes do início das obras. A Rocinha é uma das quatro comunidades do Rio a serem beneficiadas pelo programa. As obras na favela, orçadas em R$ 175,6 milhões, devem começar em março.
O presidente da União Pró-Melhoramentos da Rocinha, Luiz Cláudio Oliveira, disse apoiar as obras, desde que não gerem confrontos na favela.


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