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Enterro de menina no Rio é marcado por protestos
BRENO COSTA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO
Protestos contra a ação da
polícia marcaram o velório e o
enterro de Ágata Marques dos
Santos, 11, atingida por uma bala de fuzil no ombro, dentro de
casa, durante uma incursão policial na favela da Rocinha, em
São Conrado, zona sul do Rio,
na sexta-feira.
Parentes da menina e moradores da comunidade dizem
que o disparo que matou Ágata
partiu da arma de um policial. A
Polícia Civil nega. Um inquérito já foi aberto para apurar as
circunstâncias da morte, e uma
perícia na casa da menina será
realizada amanhã.
Na tarde de ontem, uma carreata em protesto pela morte
da garota reuniu mais de 400
veículos por 15 km. Cerca de
mil pessoas foram ao velório e
ao enterro, segundo a PM.
O pai de Ágata, Claudino dos
Santos, 36, que estava com a filha no momento do disparo,
disse ter "certeza absoluta" de
que o tiro partiu da polícia.
O governador do Rio, Sérgio
Cabral, já afirmou que o tráfico
de drogas nas regiões que serão
atendidas por obras do PAC
(Plano de Aceleração do Crescimento) será reprimido antes
do início das obras. A Rocinha é
uma das quatro comunidades
do Rio a serem beneficiadas pelo programa. As obras na favela,
orçadas em R$ 175,6 milhões,
devem começar em março.
O presidente da União Pró-Melhoramentos da Rocinha,
Luiz Cláudio Oliveira, disse
apoiar as obras, desde que não
gerem confrontos na favela.
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