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Esgoto de base da Guarda Ambiental vai parar na Billings
Criada para proteger área de manancial, guarda deixa dejetos seguirem para represa que abastece 2 milhões de pessoas
Funcionários do local afirma que problema não ocorre com frequência; atraso
em manutenção em
fossa causou problema
ADRIANA FERRAZ
DO "AGORA"
Criada para proteger áreas de
manancial, a base da Guarda
Ambiental em Parelheiros (zona sul) deixa cair esgoto em um
dos braços da represa Billings.
É desse manancial que sai a
água de mais de 2 milhões de
pessoas, que moram nas zonas
sul e sudoeste, em Diadema,
São Bernardo e Santo André.
O problema ocorre por falta
de manutenção adequada da
fossa séptica (espécie de tanque que armazena e faz o tratamento inicial do esgoto). Ela
transborda quando chove forte.
No local, trabalham 67 pessoas,
em quatro turnos.
Para evitar acidentes, as fossas devem ser esvaziadas em
intervalos de tempo determinados de acordo com volume
que está armazenado.
Na base da Guarda Ambiental da gestão Gilberto Kassab
(DEM), o serviço deveria ser
feito de três em três meses. O
comando da base diz que já fez
o pedido de bombeamento à
Subprefeitura de Parelheiros,
que está atrasado.
A região é uma Área de Proteção Permanente com uma série
de restrições, inclusive as que
limitam a construção de casas,
para evitar contaminar a água.
A Guarda Ambiental em Parelheiros tem a função de coibir
despejo ilegal de esgoto, desmatamento clandestino e ocupação desordenada. "Todo
mundo comenta que aquela é a
única base ambiental que joga
esgoto na represa", diz o presidente do SindGuardas (Sindicato dos Guardas Civis Metropolitanos de São Paulo), Carlos
Augusto Souza Silva.
Funcionários do local reconhecem o problema, mas afirmam que o fato não ocorre
sempre. O volume de esgoto
despejado em área de manancial é pequeno, dizem.
Outro lado
A Guarda Ambiental afirmou
que vai investigar o transbordamento da fossa e, caso seja
confirmado o problema, tomará as medidas cabíveis. A Subprefeitura de Parelheiros foi
procurada, mas não respondeu
à reportagem.
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