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INCÊNDIO
Hangar da Varig no Santos Dumont será aprovado se oferecer segurança, mas capacidade será para 25% do movimento
Galeão opera ponte aérea indefinidamente
da Sucursal do Rio
Os vôos da ponte aérea entre Rio
e São Paulo serão mantidos por
tempo indeterminado no aeroporto Internacional, o Galeão (Ilha do
Governador, zona norte do Rio).
A decisão foi tomada ontem em
reunião entre diretores do DAC
(Departamento de Aviação Civil),
DEPV (Diretoria de Eletrônica e
Proteção ao Vôo) da Aeronáutica,
Infraero (Empresa Brasileira de
Infra-Estrutura Aeroportuária) e
empresas aéreas.
O DAC espera que, na sexta-feira, a pista do aeroporto Santos
Dumont (centro do Rio) -destruído por incêndio há quatro
dias- possa começar a receber
aviões comerciais que não operam
na ponte aérea.
Pequenos aviões já estão podendo usar a pista do aeroporto. Além
da ponte aérea, os vôos charter e
de carga continuarão ocorrendo
no Internacional. A Aeronáutica
planeja reabrir o Santos Dumont
só para vôos entre Rio e Brasília,
Belo Horizonte, Vitória, Florianópolis, Curitiba e o interior do Rio,
São Paulo, Minas Gerais, Santa
Catarina e Espírito Santo.
Segundo o superintendente do
Santos Dumont, Eider Mesquita, a
ponte aérea (regular e alternativa,
operada por empresas regionais)
Rio-São Paulo transportava 65%
dos cerca de 7.000 passageiros que
usavam o aeroporto diariamente.
Na reunião, foi discutido se o
hangar e o refeitório que a Varig
cedeu para agilizar a reabertura do
aeroporto teriam condições de
oferecer segurança e conforto aos
passageiros da ponte aérea.
Ficou decidido que o hangar seria suficiente para atender apenas
a 25% do movimento do Santos
Dumont, onde ocorriam, até o incêndio, em média, 250 pousos e
decolagens diárias.
Chefe do Subdepartamento de
Operações do DAC, o brigadeiro
José Américo dos Santos disse que
a Aeronáutica tende a aprovar o
plano de reabertura do Santos Dumont apresentado pelas empresas
na reunião. Santos deu à Infraero
24 horas para apresentar parecer
sobre a proposta das empresas. O
parecer será analisado por oficiais
da Aeronáutica.
A Infraero também terá que recuperar em 24 horas o caminhão
de combate a fogo danificado no
incêndio de sexta-feira. Os outros
dois caminhões da brigada da Infraero estão em condições de operação imediata.
"O terminal terá que garantir a
segurança do usuário e o conforto
mínimo necessário, inclusive com
sinalização e iluminação. Ficou
decidido que, se garantidas essas
condições, o terminal será ali",
disse Santos.
Se o plano das empresas for recusado, a Infraero terá 72 horas, a
partir de quarta-feira, para preparar um terminal capaz de propiciar a retomada dos vôos comerciais no Santos Dumont.
(SERGIO TORRES)
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