São Paulo, terça, 17 de fevereiro de 1998

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INCÊNDIO
Hangar da Varig no Santos Dumont será aprovado se oferecer segurança, mas capacidade será para 25% do movimento
Galeão opera ponte aérea indefinidamente

da Sucursal do Rio

Os vôos da ponte aérea entre Rio e São Paulo serão mantidos por tempo indeterminado no aeroporto Internacional, o Galeão (Ilha do Governador, zona norte do Rio).
A decisão foi tomada ontem em reunião entre diretores do DAC (Departamento de Aviação Civil), DEPV (Diretoria de Eletrônica e Proteção ao Vôo) da Aeronáutica, Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária) e empresas aéreas.
O DAC espera que, na sexta-feira, a pista do aeroporto Santos Dumont (centro do Rio) -destruído por incêndio há quatro dias- possa começar a receber aviões comerciais que não operam na ponte aérea.
Pequenos aviões já estão podendo usar a pista do aeroporto. Além da ponte aérea, os vôos charter e de carga continuarão ocorrendo no Internacional. A Aeronáutica planeja reabrir o Santos Dumont só para vôos entre Rio e Brasília, Belo Horizonte, Vitória, Florianópolis, Curitiba e o interior do Rio, São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina e Espírito Santo.
Segundo o superintendente do Santos Dumont, Eider Mesquita, a ponte aérea (regular e alternativa, operada por empresas regionais) Rio-São Paulo transportava 65% dos cerca de 7.000 passageiros que usavam o aeroporto diariamente.
Na reunião, foi discutido se o hangar e o refeitório que a Varig cedeu para agilizar a reabertura do aeroporto teriam condições de oferecer segurança e conforto aos passageiros da ponte aérea.
Ficou decidido que o hangar seria suficiente para atender apenas a 25% do movimento do Santos Dumont, onde ocorriam, até o incêndio, em média, 250 pousos e decolagens diárias.
Chefe do Subdepartamento de Operações do DAC, o brigadeiro José Américo dos Santos disse que a Aeronáutica tende a aprovar o plano de reabertura do Santos Dumont apresentado pelas empresas na reunião. Santos deu à Infraero 24 horas para apresentar parecer sobre a proposta das empresas. O parecer será analisado por oficiais da Aeronáutica.
A Infraero também terá que recuperar em 24 horas o caminhão de combate a fogo danificado no incêndio de sexta-feira. Os outros dois caminhões da brigada da Infraero estão em condições de operação imediata.
"O terminal terá que garantir a segurança do usuário e o conforto mínimo necessário, inclusive com sinalização e iluminação. Ficou decidido que, se garantidas essas condições, o terminal será ali", disse Santos.
Se o plano das empresas for recusado, a Infraero terá 72 horas, a partir de quarta-feira, para preparar um terminal capaz de propiciar a retomada dos vôos comerciais no Santos Dumont.
(SERGIO TORRES)


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