RITA NAZARETH
da Reportagem Local

A sobrecarga de aeronaves no aeroporto Galeão (Rio de Janeiro) e a chuva de ontem atrasaram quase todos os vôos das companhias aéreas, tanto no trajeto Rio-São Paulo como no percurso contrário.
Os atrasos variaram de cinco minutos a pouco mais de 45. Pela manhã, no horário de pico, que normalmente vai das 7h15 às 10h, as aeronaves saíram com praticamente toda sua capacidade de passageiros preenchida.
Até os primeiros vôos da manhã, que não costumam ter atrasos, retardaram o embarque em até 20 minutos. Por isso, não adiantou muitas pessoas saírem mais cedo de casa ou mudar de companhia para evitar atrasos.
Foi o que aconteceu com o analista de sistemas Antônio Pancha Paradella, 33, que saiu de sua casa no Rio de Janeiro às 6h e comprou a passagem da empresa Rio-Sul porque acreditava que a saída seria mais rápida que a da ponte aérea (pool das empresas aéreas Varig, Vasp e Transbrasil).
"Não adiantou nada porque o vôo marcado para as 7h06 acabou saindo às 7h45", afirma Paradella, que pegou um táxi ontem no aeroporto de Congonhas às 9h.
"Com essa chuva em São Paulo, jamais vou conseguir chegar ao centro da cidade a tempo de participar de uma reunião de negócios. Foi trabalho perdido."
A ponte aérea teve de cancelar dois vôos em cada sentido para tentar normalizar os trajetos.
Já as empresas TAM e Rio-Sul não cancelaram vôos, mas tiveram atrasos que chegaram a 30 minutos.
"No aeroporto Santos Dumont, a sala de embarque ficava muito perto da aeronave", diz Cláudio Grossi, um dos gerentes da ponte aérea de São Paulo .
"Já no Galeão, que é um aeroporto de maiores dimensões, são necessários ônibus para o transporte de passageiros até a aeronave. Isso atrasa o embarque de passageiros."
Como era o aeroporto Santos Dumont que fazia a ponte aérea até o incêndio na madrugada de sexta-feira, o Galeão, apesar de ser um aeroporto internacional, não tem estrutura estrutura montada para fazer o trajeto.



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