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Os ladrões queriam peças de computadores, mas entraram em uma empresa de telefonia
Assaltantes invadem fábrica errada
da Reportagem Local
Um grupo de ladrões invadiu
uma empresa de telefonia num
caminhão-baú usando metralhadoras, pistolas com mira laser
atrás de peças de computadores.
Descoberto o engano, a quadrilha tentou contornar o fracasso pegando armas e dois notebooks, mas, na fuga, deixou um
dos seus membros para trás.
A roubo à empresa de telecomunicações Alcatel começou às
20h de anteontem. O grupo chegou num caminhão na portaria
da rua Góis Raposo, no Sacomã
(zona sudeste de São Paulo).
Os assaltantes renderam os vigilantes da portaria e mais três
que, segundo a polícia, estavam
na empresa. Desarmados, dois
deles foram obrigados a levar os
assaltantes ao cofre da Alcatel.
Os vigias Erinaldo Manuel da
Silva, 33, e Francisco Vieira Farias, 34, receberam coronhadas
na cabeça porque relutaram em
abrir o cofre. Nele, estavam nove
revólveres calibre 38 dos vigias
do turno da tarde.
Os oito ou dez ladrões que participavam do assalto pegaram as
armas e perguntaram onde estavam as peças de computadores.
Foram informados pelos reféns
de que a Alcatel produzia apenas
material telefônico.
Então, decidiram apanhar a jaqueta e o boné de um dos vigias e
dois notebooks de funcionários.
Os ladrões permaneceram na
empresa cerca de 40 minutos.
Eles fugiram no caminhão-baú,
em um Tipo e em um Golf -os
dois últimos roubados de funcionários da empresa.
Na fuga, a quadrilha teria deixado para trás o mecânico Evaldo Ferreira Brito, 29. Com ele, a
PM afirmou ter encontrado um
revólver calibre 38 e uma pistola
calibre 380 (semelhante ao 9
mm) com mira laser.
Os funcionários da Alcatel reconheceram-no como um dos
assaltantes. Brito não quis dar
entrevista nem depor no 26º DP.
Segundo o delegado Vinícius
Marcondes Terrin, o mecânico
já foi condenado a seis anos de
prisão por um outro roubo.
Gelada
Perto de um das portarias da
empresa, a PM encontrou outra
pistola calibre 380 abandonada
pela quadrilha. "Eles entraram
numa gelada", disse o delegado.
A polícia está investigando
quem seriam os companheiros
de quadrilha do acusado preso.
"Assim teremos chances de descobrir quem participou desse
roubo", afirmou o delegado.
Além disso, os policiais deverão convocar as testemunhas do
roubo para depor. Até as 20h de
ontem, o 26ºDP não tinha pistas
sobre os assaltantes.
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