São Paulo, terça, 17 de fevereiro de 1998

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Promotor denuncia investigadora por extorsão à gangue da batida

da Reportagem Local

A investigadora Tereza Cristine Edaes Ulian, 34, foi denunciada criminalmente ontem pela Ministério Público Estadual sob as acusações de concussão (crime do funcionário público que exige propina) e de extorquir jóias, R$ 9.000, aparelhos eletrodomésticos e roupas da gangue da batida -formada por ladrões que batiam em carros de mulheres para depois assaltá-las.
O Ministério Público também requisitou a manutenção da prisão preventiva da policial. A denúncia foi entregue à 9ª Vara Criminal de São Paulo -um de seus juízes irá decidir se acolhe ou não a denúncia e o pedido de manutenção da prisão preventiva.
Caso a denúncia da promotoria seja aceita, é instaurado o processo contra Tereza, que passa a ser ré. Segundo o promotor Mário Limongi, foram requisitadas apurações sobre um outro caso de extorsão à gangue que envolve policiais civis de São Vicente (SP).
Tereza, que está presa, alega inocência. Ela foi reconhecida por um PM, que a teria visto deter membros da gangue. Tereza diz que não poderia ter feito isso porque estava em casa com o filho.
O fato ocorreu entre a noite do dia 4 e madrugada do dia 5 de dezembro num posto de gasolina da Vila Mariana (zona sudoeste de SP). Dois ex-policiais civis e um investigador teriam participado.
Segundo a Corregedoria da Polícia Civil, a propina foi paga em duas prestações. A primeira foi entregue no dia da detenção, e a segunda, uma semana depois. Como garantia do último pagamento, os policiais ficaram com o Gol de Robson de Jesus Garcia, 19, um dos membros da gangue.
Tereza havia sido indiciada pela corregedoria sob acusação de extorsão mediante sequestro, constrangimento ilegal, cárcere privado, formação de quadrilha e prevaricação. (MG)


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