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Bastos é contra monitoramento
DA REPORTAGEM LOCAL
O monitoramento de conversas
entre presos e seus advogados
atentaria contra direitos constitucionais. Deveria existir, entretanto, regimes disciplinares diferenciados, com redução de benefícios
e endurecimento das condições
de isolamento de presos perigosos. Essa é a opinião do ministro
da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, e de Carlos Miguel Aidar, presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil ), em São Paulo.
Segundo Bastos o monitoramento das conversas poderia "entrar em uma seara perigosa, de arbítrio". "Esse tipo de restrição do
contato do preso com o advogado
é perigoso porque atenta contra
um direito individual muito forte,
constitucional, que é o direito de
ampla defesa."
Para Bastos, o combate ao crime
organizado necessitaria mais de
investigações sobre lavagem de
dinheiro do que de endurecimento de penas. "Hoje [ontem" li uma
observação de um cientista italiano dizendo que o criminoso prefere ficar na cadeia com dinheiro
do que em liberdade sem dinheiro. O fundamental é cercear isso",
afirmou o ministro.
Em nota, a OAB-SP defende que
os presos considerados mais perigosos fiquem "restritos a presídios federais, sob regime disciplinar diferenciado". "Por força de
uma imensa tolerância, os presos
têm uma série de regalias. Na realidade, a pena acaba não significando um castigo. Hoje se permite que o preso transforme a cela
em um quarto", disse Aidar
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