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Morre o pediatra Benjamin
Spock, autor da "bíblia' do bebê
das agências internacionais
O pediatra norte-americano
Benjamin Spock morreu anteontem aos 94 anos em sua casa, em
San Diego. A causa da morte não
foi divulgada.
As teorias de Spock sobre a
criança e os cuidados infantis são
seguidas e discutidas há mais de 50
anos, desde que ele lançou o livro
"Os Cuidados com o Bebê e com a
Criança", em 1946. Esse livro foi
considerado um guia para os pais
após a 2ª Guerra Mundial. Ele escreveu outros 11 livros.
Em 2 de maio o pediatra faria 95
anos. Nessa data, seu livro celebraria mais de 50 anos sendo editado, alcançando sua 17ª edição. É
o livro de não-ficção mais vendido
no mundo depois da Bíblia, com
mais de 50 milhões de cópias impressas.
De ascendência holandesa, seu
principal argumento era de que a
paternidade deveria ser divertida.
Seu conselho marcou as atitudes
de uma geração de pais.
"Falar com os pais como pessoas
sensatas, era tudo o que eu queria", costumava dizer.
Ele mudou a teoria da disciplina
severa, que incluía horários rígidos para alimentação e restrições
aos atos de tocar, beijar e acariciar
crianças.
Seus livros ensinaram a milhões
como criar uma criança com amor
e bom senso.
Seu amor às crianças o levou a se
tornar um defensor dos direitos
civis e um oponente da Guerra do
Vietnã.
Temendo que a guerra se tornasse um desastre nuclear, Spock participou de manifestações que desafiaram a ordem e foi acusado de
conspiração. Após um longo julgamento, foi condenado a dois
anos de prisão, mas foi liberado.
Spock foi candidato à Presidência em 1972, pelo partido antiguerra "People's Party" (partido do
povo) e teve mais de 75 mil votos
-o que significou menos de 1%
do total.
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