São Paulo, Quarta-feira, 17 de Março de 1999
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Municípios serão obrigados a cumprir metas

da Sucursal de Brasília

O principal responsável pelo aumento no gasto per capita com ações de saúde preventiva foi o PAB (Piso de Atenção Básica), criado em janeiro de 98.
Em vez de cobrar da União pelos serviços prestados, os municípios passaram a receber o mínimo de R$ 10 por habitante para prestar atendimento básico (exames simples, consultas ambulatoriais e ações de prevenção).
Antes da criação do PAB, 28,5% dos 5.507 municípios brasileiros recebiam menos de R$ 2,89 per capita para o atendimento básico.
A partir de janeiro, todos passaram a receber pelo menos R$ 10 per capita. Com isso, os recursos federais repassados a esses 1.568 municípios passaram de R$ 78 milhões para R$ 270,4 milhões.
Hoje, 5.136 municípios já recebem recursos do PAB, abrangendo 154,9 milhões de pessoas.

Metas
A partir de julho, esses municípios terão de se comprometer a atingir metas físicas de aumento da cobertura vacinal, redução da mortalidade infantil e materna, redução dos índices de desnutrição e anemia.
O objetivo é garantir que o dinheiro recebido de fato está sendo aplicado na assistência básica.
Os municípios terão metas diferenciadas, que serão estabelecidas por representantes do Ministério da Saúde, dos governos estaduais e dos municipais.
Também serão definidas "penalidades" pelo não-cumprimento das metas. Tanto as metas para cada município quanto as punições serão definidas até julho.
Para o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Barjas Negri, as metas são importantes para estimular os municípios a usarem o dinheiro repassado para ações consideradas prioritárias.
Segundo ele, os resultados obtidos até agora mostram que o dinheiro do PAB está sendo bem utilizado. Barjas cita o crescimento de 25% na produção ambulatorial em 456 municípios que recebiam menos de R$ 5 por habitante antes de o PAB ser implementado para mostrar que o aumento nos repasses já está surtindo efeito.
"Esse aumento mostra que parte da população que não tinha acesso aos serviços de saúde agora está sendo atendida", disse. (DF)




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