São Paulo, sexta-feira, 17 de abril de 2009

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Rapaz morre ao tentar ajudar vítima de assalto

Ele viu advogada ser derrubada por ladrões; ao intervir, ambos foram baleados, diz polícia

Mulher está internada em situação estável; assalto ocorreu após ela deixar a filha em escola infantil no Campo Belo, na zona sul

LUIS KAWAGUTI
DA REPORTAGEM LOCAL

Um rapaz foi assassinado ontem ao tentar ajudar uma advogada que estava sendo assaltada em frente à escola infantil onde acabara de deixar sua filha, no Campo Belo, na zona sul de São Paulo. A mulher se recusou a entregar o carro a dois criminosos e acabou baleada.
Às 13h de ontem a rua Palacete das Águias estava repleta de pais que deixavam seus filhos no colégio Dominus Vivendi. Segundo a Polícia Militar, a advogada Tatiana Ciasca, 38, estacionou seu Vectra prata e levou a filha de seis anos a pé até a entrada principal.
Quando retornava ao veículo, foi abordada por dois ladrões armados que exigiram a chave do carro. "O carro tinha seguro e até rastreador, mas ela não quis dar a chave. Os criminosos a derrubaram no chão com uma rasteira", disse o delegado Enjolras Araújo, titular do 35º Distrito Policial (Jabaquara).
Samuel Rodrigues Santos, 25, que trabalhava como servente, segundo a polícia, se aproximou dos assaltantes para prestar socorro a Tatiana. De acordo com o delegado, ele disse aos assaltantes que parassem de agredir a mulher e, por isso, foi baleado na região da axila esquerda.
Tatiana foi atingida em seguida, no abdome e na virilha. Os criminosos então correram para lados opostos da rua. Um deles foi visto entrando em um Gol vermelho, que o esperava na esquina.
Tatiana e Santos foram levados por policiais militares para um pronto-socorro da região. Segundo a Polícia Militar, a bala que atingiu Santos perfurou seu coração -ele morreu no hospital. Tatiana foi submetida a cirurgia e seu estado de saúde era estável na noite de ontem, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.

Carro suspeito
Durante a tarde, policiais militares encontraram um Gol vermelho suspeito de ser o mesmo usado no crime e detiveram o proprietário para averiguação, segundo o policial militar Marcos Roberto Brito. Contudo, até ontem à noite a polícia não tinha indícios que o relacionassem ao crime.
O delegado deve solicitar imagens de uma câmera de segurança que gravou o crime à distância. Apesar de a rua estar lotada na hora do assalto, nenhuma testemunha havia concordado em dar depoimento à polícia até ontem.
Procurados, familiares de Tatiana não deram entrevista.


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