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Rapaz morre ao tentar ajudar vítima de assalto
Ele viu advogada ser derrubada por ladrões; ao intervir, ambos foram baleados, diz polícia
Mulher está internada em situação estável; assalto ocorreu após ela deixar a filha em escola infantil no Campo Belo, na zona sul
LUIS KAWAGUTI
DA REPORTAGEM LOCAL
Um rapaz foi assassinado ontem ao tentar ajudar uma advogada que estava sendo assaltada em frente à escola infantil
onde acabara de deixar sua filha, no Campo Belo, na zona sul
de São Paulo. A mulher se recusou a entregar o carro a dois criminosos e acabou baleada.
Às 13h de ontem a rua Palacete das Águias estava repleta de
pais que deixavam seus filhos
no colégio Dominus Vivendi.
Segundo a Polícia Militar, a advogada Tatiana Ciasca, 38, estacionou seu Vectra prata e levou
a filha de seis anos a pé até a entrada principal.
Quando retornava ao veículo,
foi abordada por dois ladrões
armados que exigiram a chave
do carro. "O carro tinha seguro
e até rastreador, mas ela não
quis dar a chave. Os criminosos
a derrubaram no chão com
uma rasteira", disse o delegado
Enjolras Araújo, titular do 35º
Distrito Policial (Jabaquara).
Samuel Rodrigues Santos,
25, que trabalhava como servente, segundo a polícia, se
aproximou dos assaltantes para prestar socorro a Tatiana. De
acordo com o delegado, ele disse aos assaltantes que parassem de agredir a mulher e, por
isso, foi baleado na região da
axila esquerda.
Tatiana foi atingida em seguida, no abdome e na virilha.
Os criminosos então correram
para lados opostos da rua. Um
deles foi visto entrando em um
Gol vermelho, que o esperava
na esquina.
Tatiana e Santos foram levados por policiais militares para
um pronto-socorro da região.
Segundo a Polícia Militar, a bala que atingiu Santos perfurou
seu coração -ele morreu no
hospital. Tatiana foi submetida
a cirurgia e seu estado de saúde
era estável na noite de ontem,
segundo a Secretaria Municipal
de Saúde.
Carro suspeito
Durante a tarde, policiais militares encontraram um Gol
vermelho suspeito de ser o
mesmo usado no crime e detiveram o proprietário para averiguação, segundo o policial militar Marcos Roberto Brito.
Contudo, até ontem à noite a
polícia não tinha indícios que o
relacionassem ao crime.
O delegado deve solicitar
imagens de uma câmera de segurança que gravou o crime à
distância. Apesar de a rua estar
lotada na hora do assalto, nenhuma testemunha havia concordado em dar depoimento à
polícia até ontem.
Procurados, familiares de
Tatiana não deram entrevista.
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