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JUSTIÇA
Regime vale para não condenados definitivamente
Aprovado projeto que restringe os privilégios da prisão especial
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Câmara dos Deputados aprovou anteontem em votação simbólica (sem registro de voto no
painel eletrônico) o projeto do governo que restringe os privilégios
da prisão especial. A proposta não
acaba com esse regime, mas tira
vantagens concedidas aos presos
ao definir o que é prisão especial.
Segundo o projeto que modifica
o Código de Processo Penal, os
acusados com direito à prisão especial ficarão em celas distintas e
não poderão ser transportados
com os presos comuns.
O projeto, que ainda precisa ser
votado no Senado, foi proposto
pelo governo no início do ano, depois da prisão do juiz aposentado
Nicolau dos Santos Neto. Acusado de desviar recursos da obra do
Fórum Trabalhista de São Paulo,
Nicolau recebia visitas em horário
livre, comida especial e roupa de
cama fornecidas pela família.
O tratamento dispensado ao
juiz aposentado motivou críticas
da sociedade. Segundo a justificativa do Ministério da Justiça, o
projeto extingue privilégios "injustificados" dos presos, restringindo o conceito de prisão especial às condições de segurança,
saúde e dignidade humana.
A prisão especial continua valendo apenas para pessoas não
condenadas definitivamente.
O projeto inclui no Código de
Processo Penal o direito à prisão
especial para militares dos Estados, do Distrito Federal e dos territórios. Atualmente, por exemplo, têm direito à prisão especial:
ministros de Estado, governadores, secretários estaduais, prefeitos, vereadores, chefes de polícia,
delegados, oficiais das Forças Armadas e do Corpo de Bombeiros
e pessoas com curso superior.
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