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AMBIENTE
Terreno foi desmatado a pedido do proprietário
Secretaria interrompe corte de árvores em terreno da zona leste
DA REPORTAGEM LOCAL
A Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente e a Subprefeitura de Aricanduva/Vila
Formosa interromperam ontem
o corte de árvores em um terreno
particular na Radial Leste (zona
leste). Segundo os órgãos, o desmatamento é ilegal. Vinte das 28
árvores do local foram cortadas
pela metade.
De acordo com o secretário
Adriano Diogo, que participou do
flagrante, o proprietário do terreno, que comprou a área do Metrô,
não tem autorização para cortar
as árvores.
"Ele [o dono] tem uma medida
cautelar autorizando a transposição das árvores, mas, pela maneira como elas foram cortadas e pela forma como as raízes foram tiradas, isso não iria acontecer",
disse Diogo. "Legalmente, ele deveria ter apresentado um projeto,
e todo o trabalho teria de ser
acompanhado por autoridades
ambientais."
Luís Cosmo Amarante, dono da
empresa Equilíbrio Ambiental,
contratada para cortar as árvores,
disse que o proprietário pretende
construir um posto de serviços no
terreno. "Nós fizemos uma poda
radical e depois iríamos replantar
as árvores", afirmou.
A subprefeita de Aricanduva,
Laila Saad Gadelho, registrou um
boletim de ocorrência no 31º Distrito Policial e, em conjunto com a
secretaria, entrará com uma ação
por crime ambiental contra o proprietário do terreno e contra a
Equilíbrio Ambiental. O proprietário não foi localizado.
Durante a ação, o secretário
Adriano Diogo alegou negligência do Metrô com os terrenos vendidos. "Deveriam ter exigido responsabilidade ambiental antes de
vender", disse. "A prefeitura tinha
interesse em comprar essas áreas
e transformá-las em praças, mas o
Metrô não nos ofereceu os terrenos antes de levá-los a leilão."
Segundo a assessoria de imprensa do Metrô, terrenos estão
sendo vendidos porque os custos
com manutenção e impostos são
muito altos. Não é função da companhia fiscalizar o que o novo
proprietário irá fazer, afirma a
empresa.
O Metrô disse ainda que, antes
de colocar os terrenos em leilão,
enviou uma lista para a prefeitura,
que não se manifestou. Segundo a
empresa, a prefeitura ainda pode
comprar as áreas, já que a venda é
aberta.
(MAYRA STACHUK)
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