São Paulo, segunda-feira, 17 de maio de 2004

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Parar de poluir é primeiro passo, diz idealizador

DA SUCURSAL DO RIO

O PDBG começou a ser idealizado em 1991 pela equipe dirigida pelo arquiteto, urbanista e cientista político Manuel Augusto Sanches, encarregado pelo então prefeito do Rio, Marcello Alencar (1989-1992), de tratar da despoluição da baía com representantes do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).
Em 1994, com o governo estadual já à frente do projeto e Sanches afastado da função, o governo Leonel Brizola (1991-1994) assinou com o BID o contrato para a implantação do programa.
O contrato previa, em cinco anos, o investimento de US$ 813,6 milhões: US$ 350 milhões do BID, US$ 206,6 milhões do Japan Bank for International Cooperation e US$ 206,6 milhões do governo estadual, como contrapartida.
À Folha, Sanches, 59, presidente do Instituto Baía de Guanabara, uma Oscip (organização da sociedade civil de interesse público), disse que, apesar dos problemas, o PDBG tem méritos.
"Ele não limpou a baía em cinco anos, mas é absolutamente necessário fazê-lo. É um primeiro passo." Para Sanches, o objetivo inicial é parar de poluir, daí a necessidade de priorizar o saneamento.
"Quando houver estações funcionando, troncos coletores e recolhimento de 95% do lixo, você pode começar a tratar das questões ambientais."
Sanches diz que a renovação da água ocorrerá naturalmente a partir do momento em que o esgoto passar a ser tratado nas estações. Ele é contra a dragagem no fundo do mar. "Dragar expõe o que está guardado."


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