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Parar de poluir é primeiro passo, diz idealizador
DA SUCURSAL DO RIO
O PDBG começou a ser idealizado em 1991 pela equipe dirigida pelo arquiteto, urbanista e
cientista político Manuel Augusto Sanches, encarregado
pelo então prefeito do Rio,
Marcello Alencar (1989-1992),
de tratar da despoluição da
baía com representantes do
BID (Banco Interamericano de
Desenvolvimento).
Em 1994, com o governo estadual já à frente do projeto e
Sanches afastado da função, o
governo Leonel Brizola (1991-1994) assinou com o BID o contrato para a implantação do
programa.
O contrato previa, em cinco
anos, o investimento de US$
813,6 milhões: US$ 350 milhões
do BID, US$ 206,6 milhões do
Japan Bank for International
Cooperation e US$ 206,6 milhões do governo estadual, como contrapartida.
À Folha, Sanches, 59, presidente do Instituto Baía de Guanabara, uma Oscip (organização da sociedade civil de interesse público), disse que, apesar dos problemas, o PDBG
tem méritos.
"Ele não limpou a baía em
cinco anos, mas é absolutamente necessário fazê-lo. É um
primeiro passo." Para Sanches,
o objetivo inicial é parar de poluir, daí a necessidade de priorizar o saneamento.
"Quando houver estações
funcionando, troncos coletores
e recolhimento de 95% do lixo,
você pode começar a tratar das
questões ambientais."
Sanches diz que a renovação
da água ocorrerá naturalmente
a partir do momento em que o
esgoto passar a ser tratado nas
estações. Ele é contra a dragagem no fundo do mar. "Dragar
expõe o que está guardado."
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