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OUTRO LADO
"Recorremos sempre", afirma cônsul-geral
DA AGÊNCIA FOLHA,
EM CIUDAD DEL ESTE
O cônsul-geral do Brasil
em Ciudad del Este, Antonio
José Rezende de Castro, 49,
nega que os presos brasileiros não recebem atenção
permanente do consulado.
"Recorremos sempre, mesmo quando sabemos que a
condenação é justa", disse.
Castro confirma que o governo brasileiro paga dois
advogados para acompanhamento dos presos, mas
disse que essa não é a maior
nem a principal incumbência dos defensores.
O consulado tem abrangência sobre os cerca de 350
mil a 400 mil "brasiguaios"
que vivem nos Departamentos paraguaios de Alto Paraná, Itapúa e Canindeyú.
Com uma verba anual que
varia de US$ 500 a US$ 3.000
destinada à assistência dos
presos, Castro afirma que a
situação dos brasileiros na
penitenciária de Ciudad del
Este é atualizada a cada dois
meses pelos advogados.
Sobre a queixa dos presos
de que a última visita foi em
dezembro, ele responde que
se refere à doação de cestas
básicas, cobertores e chinelos, feita duas vezes ao ano.
Ele reage às críticas de irmã Olga Pasqual, afirmando
não serem verdadeiras. "Seria leviano manter um controle direto e preciso da situação dos presos e deixar
desamparada parte da comunidade brasileira."
Quanto ao corpo de Emerson Ramos Magrini, Castro
diz que o consulado não pode assumir os custos. "Temos obrigação de tratar dos
vivos e, com um mínimo de
caridade, dos mortos", diz.
O consulado socorreu as
famílias de outros brasileiros
mortos na rebelião.
Segundo o cônsul, a falta
de documentação paraguaia
de brasileiros tem absorvido
o maior tempo do consulado. O custo de sua obtenção
é estimado em R$ 450 por
pessoa. O preço alto, o desleixo e a corrupção no setor
de imigração fazem com que
só o chefe da família busque
a legalização. (MT)
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