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EDUCAÇÃO
Medida ainda precisa ser aprovada no Senado
Lula recebe projeto acadêmico da Universidade Federal do ABC
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA REPORTAGEM LOCAL
Mesmo com a crise política, o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva reservou ontem cerca de 40 minutos para uma solenidade em
que recebeu o projeto acadêmico
da UFABC (Universidade Federal
do ABC). A instituição, que ainda
depende de aprovação do Senado
para funcionar, será a primeira
universidade federal nessa região,
berço político de Lula e do PT.
"O que está se tentando fazer
com essa universidade é justiça ao
que o ABC representa para o restante do Brasil", disse Lula.
Anunciada em 2004, quando o
projeto de lei foi enviado ao Congresso, a UFABC deverá atender a
cerca de 20 mil alunos em 19 cursos de graduação. Terá capacidade ainda para 2.500 estudantes de
mestrado e mil de doutorado.
A nova instituição propõe um
ciclo básico de três anos e o restante da formação, em um ou dois
anos, podendo ser voltado ao
mercado de trabalho, ao ciclo
profissional ou à pós-graduação.
"O currículo também poderá
ser personalizado, o que pode ajudar a reduzir a evasão", disse Luiz
Bevilacqua, presidente da comissão de implantação do ABC.
A proposta inicial prevê a criação de três centros -Ciências da
Natureza e Humanidades, Matemática e Computação, além de
Tecnologia e Sociais Aplicadas.
No projeto, a estimativa é que a
universidade custe cerca de R$
150 milhões anuais quando estiver funcionando totalmente, cinco anos após a inauguração.
A Prefeitura de Santo André já
tem o terreno. O edital para apresentação de projetos arquitetônicos deve ser aberto até agosto.
Fatecs
O governo do Estado de São
Paulo anunciou, ontem a liberação de R$ 43,5 milhões para reformas, ampliações, aquisição de
equipamentos e construção de
novas unidades de Fatecs (Faculdades de Tecnologia) e ETEs (Escolas Técnicas Estaduais).
Segundo o governador, Geraldo
Alckmin (PSDB), parte dos recursos, R$ 7 milhões, é referente a
verbas que estavam contigenciadas. Outros R$ 2 milhões fazem
parte de uma verba de R$ 4,5 milhões prometida em 2004, quando
os professores fizeram greve de
quase três meses. Em equipamentos para laboratórios, o governo
vai destinar R$ 21,8 milhões.
Outra medida será a criação de
10 mil vagas do programa Ação
Jovem, que irá beneficiar alunos
de escolas técnicas de 15 a 24 anos,
cuja renda familiar não seja maior
que dois salários mínimos.
Para o presidente da Ad-Fatec
(Associação dos Docentes da Fatec), José Roberto Bernardes de
Souza, o dinheiro vai ajudar na
melhoria das instalações, mas
ainda não é o suficiente.
Ele reclama também da falta de
recursos para reajuste salarial e
contratação de professores. "Com
a defasagem do salário estamos
perdendo muitos professores para as faculdades particulares."
Segundo Souza, a defasagem salarial da categoria está entre 72% e
80% se for tomado como parâmetro a variação do IGP-M.
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