São Paulo, sexta-feira, 17 de junho de 2005

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DRAMA PARAIBANO

Inundação em 17 de junho de 2004 deixou 227 construções totalmente destruídas; cerca de mil pessoas ainda não recuperaram seus imóveis

Vítimas de rompimento de barragem esperam casa há 1 ano

THIAGO REIS
DA AGÊNCIA FOLHA

Um ano após o rompimento da barragem Barra do Camará (PB), em 17 de junho de 2004, cerca de mil pessoas que ficaram desabrigadas ainda não recuperaram suas casas.
A inundação decorrente do vazamento matou cinco pessoas e causou estragos e prejuízos em Alagoa Nova, Alagoa Grande, Mulungu e Areia. Cerca de 4.000 pessoas ficaram desabrigadas ou desalojadas.
A força das águas destruiu por completo 227 residências. O Estado se comprometeu a reerguê-las, mas nenhuma foi entregue até agora. O governo da Paraíba paga o aluguel para as famílias. Outras 281 casas precisam ser reformadas, mas apenas 90 tiveram o trabalho de restauração iniciado.
Segundo Carlos Marques Júnior, nomeado gestor pelo governo do Estado para acompanhar o processo, o atraso deve-se à liberação apenas em janeiro de R$ 7 milhões prometidos pelo governo federal. O Ministério da Integração Nacional afirma que a liberação dos R$ 7 milhões seguiu um cronograma que teve início em 6 de setembro de 2004, com a publicação de uma medida provisória. Segundo o ministério, a verba foi liberada em 31 de dezembro do ano passado pois teve de seguir o trâmite burocrático.
Alguns moradores ainda reclamam que só receberam R$ 2.120 e que teriam direito a mais. Outros, que não tiveram acesso nem sequer a esse valor.
Segundo o pároco de Alagoa Grande, Francisco de Assis Inácio, a maioria das pessoas reivindica reavaliação. "Tem caso de gente com prejuízo de R$ 20 mil, R$ 30 mil", disse Inácio, da comissão de trabalho para a recuperação da cidade.
O gestor do governo afirma que não há como pagar agora os moradores que tiveram grandes prejuízos.


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