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DRAMA PARAIBANO
Inundação em 17 de junho de 2004 deixou 227 construções totalmente destruídas; cerca de mil pessoas ainda não recuperaram seus imóveis
Vítimas de rompimento de barragem esperam casa há 1 ano
THIAGO REIS
DA AGÊNCIA FOLHA
Um ano após o rompimento
da barragem Barra do Camará
(PB), em 17 de junho de 2004,
cerca de mil pessoas que ficaram desabrigadas ainda não recuperaram suas casas.
A inundação decorrente do
vazamento matou cinco pessoas e causou estragos e prejuízos em Alagoa Nova, Alagoa
Grande, Mulungu e Areia. Cerca de 4.000 pessoas ficaram desabrigadas ou desalojadas.
A força das águas destruiu
por completo 227 residências.
O Estado se comprometeu a
reerguê-las, mas nenhuma foi
entregue até agora. O governo
da Paraíba paga o aluguel para
as famílias. Outras 281 casas
precisam ser reformadas, mas
apenas 90 tiveram o trabalho
de restauração iniciado.
Segundo Carlos Marques Júnior, nomeado gestor pelo governo do Estado para acompanhar o processo, o atraso deve-se à liberação apenas em janeiro de R$ 7 milhões prometidos
pelo governo federal. O Ministério da Integração Nacional
afirma que a liberação dos R$ 7
milhões seguiu um cronograma que teve início em 6 de setembro de 2004, com a publicação de uma medida provisória.
Segundo o ministério, a verba
foi liberada em 31 de dezembro
do ano passado pois teve de seguir o trâmite burocrático.
Alguns moradores ainda reclamam que só receberam R$
2.120 e que teriam direito a
mais. Outros, que não tiveram
acesso nem sequer a esse valor.
Segundo o pároco de Alagoa
Grande, Francisco de Assis
Inácio, a maioria das pessoas
reivindica reavaliação. "Tem
caso de gente com prejuízo de
R$ 20 mil, R$ 30 mil", disse Inácio, da comissão de trabalho
para a recuperação da cidade.
O gestor do governo afirma
que não há como pagar agora
os moradores que tiveram
grandes prejuízos.
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