São Paulo, sábado, 17 de junho de 2006

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POLÍCIA

Brasileira está na maior prisão de NY após acusação de prostituição

VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
DE NOVA YORK

A brasileira Andréia Schwartz, 31, presa no início deste mês em Manhattan por exploração de prostituição, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro está detida numa cela coletiva em Rikers Island, maior penitenciária de Nova York.
O complexo, que fica entre os bairros do Bronx e Queens, abriga 13 mil suspeitos a espera de julgamento e é considerado um dos mais perigosos dos EUA.
A brasileira disse à Folha, por intermédio da defesa, estar "apavorada, confusa e de coração partido". Contato direto com prisioneiros só é permitido mediante autorização judicial.
A promotoria acusa Schwartz de tráfico de mulheres: ela traria brasileiras com visto de turista para temporadas de sexo numa suposta rede de prostituição de luxo próxima ao Central Park. O programa custaria até US$ 2.000 (R$ 4.500).
A defesa diz que a capixaba vivia da especulação imobiliária e de tradução. Pesa ainda contra Schwartz a acusação de lavagem de dinheiro. A brasileira teria intermediado a compra de um andar inteiro para um grupo de italianos em um hotel de luxo por US$ 350 milhões (R$ 787 milhões).
Outra brasileira presa no suposto esquema, Cláudia de Castro, 26, disse à polícia americana haver outras garotas agenciadas por Schwartz. No edifício em que Schwartz tem um apartamento de US$ 1,2 milhão (R$ 2,7 milhões), um porteiro que pediu para não ser identificado por medo da polícia de imigração, disse que havia um movimento grande de brasileiras no local. "Pensávamos que era gente da família", contou à Folha.
O advogado dela diz que "isso é uma coisa cultural brasileira, dar hospedagem a amigos e a amigos dos amigos. Alguma delas podiam ser prostitutas, o que não fazia de Andréia uma delas".
Segundo o advogado, Schwartz comprou o apartamento, a cem metros do Central Park, com dinheiro da venda de um imóvel em um outro bairro.


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