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POLÍCIA
Brasileira está na maior prisão de NY após acusação de prostituição
VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
DE NOVA YORK
A brasileira Andréia
Schwartz, 31, presa no início
deste mês em Manhattan
por exploração de prostituição, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro está detida
numa cela coletiva em Rikers
Island, maior penitenciária
de Nova York.
O complexo, que fica entre
os bairros do Bronx e
Queens, abriga 13 mil suspeitos a espera de julgamento e
é considerado um dos mais
perigosos dos EUA.
A brasileira disse à Folha,
por intermédio da defesa, estar "apavorada, confusa e de
coração partido". Contato
direto com prisioneiros só é
permitido mediante autorização judicial.
A promotoria acusa
Schwartz de tráfico de mulheres: ela traria brasileiras
com visto de turista para
temporadas de sexo numa
suposta rede de prostituição
de luxo próxima ao Central
Park. O programa custaria
até US$ 2.000 (R$ 4.500).
A defesa diz que a capixaba
vivia da especulação imobiliária e de tradução. Pesa
ainda contra Schwartz a acusação de lavagem de dinheiro. A brasileira teria intermediado a compra de um andar inteiro para um grupo de
italianos em um hotel de luxo por US$ 350 milhões (R$
787 milhões).
Outra brasileira presa no
suposto esquema, Cláudia de
Castro, 26, disse à polícia
americana haver outras garotas agenciadas por
Schwartz. No edifício em
que Schwartz tem um apartamento de US$ 1,2 milhão
(R$ 2,7 milhões), um porteiro que pediu para não ser
identificado por medo da polícia de imigração, disse que
havia um movimento grande
de brasileiras no local. "Pensávamos que era gente da família", contou à Folha.
O advogado dela diz que
"isso é uma coisa cultural
brasileira, dar hospedagem a
amigos e a amigos dos amigos. Alguma delas podiam
ser prostitutas, o que não fazia de Andréia uma delas".
Segundo o advogado,
Schwartz comprou o apartamento, a cem metros do
Central Park, com dinheiro
da venda de um imóvel em
um outro bairro.
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