São Paulo, terça-feira, 17 de junho de 2008

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ANA MARIA DA COSTA E FARIA (1938-2008)

Porque "os funcionários não esquecem"

Cáceres (MT) parou na última quarta "por respeito e consideração" à morte da ex-prefeita nomeada em 1983, Nana Faria. Um luto de três dias foi decretado pelo prefeito, que antecipou para as 15h o fim do expediente na prefeitura -o que permitiu a todo funcionário "participar do último adeus".
Nana "tinha uma aceitação quase total" entre a gente da prefeitura, diz o irmão, pois seu governo, apesar de curto, fora "mais agilizado" que qualquer outro. "E os funcionários não esquecem."
Elétrica, brincalhona, séria quando deveria, Ana Maria da Costa e Faria aprendera política em casa. O pai "era daqueles políticos influentes, mas sem cargo", homem "de fazer campanha e correr atrás" para a UDN local. Nana foi vereadora e nomeada prefeita pelo governador Julio Campos, "amigo de longa data". Governou entre 1983 e 1985. Hoje, era filiada ao PR.
Tinha somente o segundo grau. "Mas o estudo não fez falta" à mulher desprendida, nascida e crescida em Cárceres, que começou como auxiliar de contabilidade; depois, foi comerciante e abriu então sua padaria. "Pra Nana não tinha sábado, domingo ou feriado", diz o irmão. Chegou a vice-presidente da Junta Comercial do Estado.
"Católica desde mocinha", envolveu-se com a Congregação das Irmãs Azuis. Administrou o hospital da ordem e ajudou a fundar outro. Mas era a sua saúde que não ia bem. Morreu na terça passada, aos 70, por complicações de uma meningite.
Na quarta, funcionários da prefeitura, irmãs azuis e "políticos de modo geral" prestigiaram o seu enterro.

obituario@folhasp.com.br

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