ROBERTO MADUREIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO

O corpo do menino Pedro Henrique Marques Rodrigues, 5, morto na última quinta-feira em Ribeirão Preto (314 km da capital), passou por necropsia complementar ontem a pedido da polícia, que apura o caso.
Segundo o primeiro boletim necroscópico, a morte de Pedro Henrique foi considerada suspeita. Ele deu entrada no Hospital Santa Lydia com quadro de parada cardíaca e um pulso quebrado. A mãe informou à equipe de atendimento que ele teria ingerido um produto de limpeza chamado Semorin.
"Tiramos mais algumas amostras dos órgãos internos, que podem nos dizer, por exemplo, se ele ingeriu mesmo o produto químico e se a quantidade foi suficiente para matá-lo", afirmou o legista Nélio Rezende Cardoso.

Brigas
Ao menos três vizinhos do casal Cátia Marques e Juliano Gunello, mãe e padrasto de Pedro, confirmaram ontem, em depoimento, que ouviam brigas na casa. Em alguns casos, eles disseram ter chamado a polícia, tal a violência das discussões.
Um dos ouvidos pela delegada Maria Beatriz Moura Campos, inclusive, teria dito que ouviu uma confusão na manhã em que o menino morreu.
Testemunhas disseram à polícia ainda que Pedro era visto constantemente sozinho no condomínio onde morava e, às vezes, com hematomas -uma denúncia de maus-tratos e negligência foi feita ao Conselho Tutelar em fevereiro.
A mãe e o padrasto são aguardados para dar sua versão hoje. Segundo um porta-voz da família, o casal ainda não foi convocado, mas atenderá o pedido.
A delegada disse que só se pronunciará após o laudo, que deve demorar até 20 dias. "Sem o laudo, não há suspeitos."


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