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MT
Quatro liminares já obrigaram hospitais do Estado a providenciarem vagas para pacientes
Justiça garante internações em UTIs
HUDSON CORRÊA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE
A Defensoria Pública de Mato
Grosso recorreu à Justiça para garantir a internação de pacientes
do SUS (Sistema Único de Saúde)
em UTIs. O Estado enfrenta falta
de vagas nessas unidades.
Desde 20 de junho, houve quatro liminares (decisões provisórias) mandando hospitais particulares ou públicos e a Central Estadual de Regulação do SUS, ligada à Secretaria de Estado da Saúde, providenciarem internações.
A medida, porém, não impediu
a morte de uma beneficiada. Às
17h de ontem (18h em Brasília),
Eny Marques da Rocha, 63, com
sangramento no esôfago gerada
por cirrose hepática, morreu.
O defensor público Valtenir
Luiz Pereira, 31, preparava ontem
outra ação para obter a quinta liminar -em nome do ex-prefeito
de Amambaí (MS) Sidney Vargas
Batista, 87, que sofre de pancreatite aguda e mora em Cuiabá.
As ações são contra a Prefeitura
de Cuiabá, o governo do Estado
ou ambos.
Ontem de madrugada, o aposentado Joaquim Santana Marques de Souza, 69, que passou por
cirurgia no domingo após ter derrame, foi internado no hospital
Santa Rosa por força de liminar.
Ele esperava uma vaga na UTI no
Pronto-Socorro Municipal de
Cuiabá, segundo sua família.
Às 23h40 de segunda, o juiz Éldes Ivan de Souza determinou
que o SUS, sob pena de multa de
R$ 50 mil, internasse Eny Rocha.
Ela só foi internada às 4h de anteontem no Hospital Geral Universitário, após Luiz Pereira e a
oficial de Justiça Rita Maria de Lima apresentarem a liminar. Há
quatro dias, Rocha estava internada à espera, segundo a Defensoria
Pública, de vaga na UTI no Pronto-Socorro de Cuiabá. Ontem, porém, não resistiu e morreu.
Outro caso é o de Laucídio Lisboa dos Santos, 33. Segundo Margarete Santos, seu irmão ficou 38
dias à espera de um leito na UTI.
Em 20 de junho, a Justiça deu liminar que determinava sua internação na UTI. A Central de Regulação do SUS fez a transferência
de Santos para Goiânia devido à
complexidade do aneurisma que
o paciente possuía no cérebro.
Outro paciente beneficiado é
Adilson de Araújo, 42, que sofreu
um aneurisma na veia aorta e ficou paraplégico. Apesar da transferência para o hospital do Câncer, a ex-mulher de Araújo, Rosângela de Almeida Prado, disse
que a família ainda busca vaga em
uma UTI especializada para pacientes com problemas cardíacos.
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