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São Paulo, quinta-feira, 17 de julho de 2003

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Só 4% apóiam criação de taxa para ex-alunos

DA REPORTAGEM LOCAL

O ministro da Educação, Cristovam Buarque, pode até achar que vale a pena discutir o projeto de lei que prevê a cobrança de uma taxa de ex-alunos de universidades públicas, como forma de ajudar a financiar o ensino superior gratuito. Mas apenas 4% da população brasileira concorda com ele, como mostra uma pesquisa do Datafolha que ouviu 2.630 pessoas em 152 cidades do país, nos dias 24 e 25 de junho.
A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais e para menos.
A esmagadora maioria dos entrevistados (88%) afirma que as universidades públicas devem continuar inteiramente gratuitas, enquanto outros 4% defendem que se cobre mensalidade dos que frequentam essas instituições.
Os resultados não foram recebidos com surpresa nem pelo Ministério da Educação (MEC) nem por entidades que representam professores e funcionários das universidade públicas brasileiras.
Todos avaliam que os dados confirmam a credibilidade e o status de qualidade que o ensino superior público tem na sociedade e indicam que vale a pena lutar para manter e melhorar o sistema.
"A universidade pública e gratuita ainda é a única chance de os mais pobres obterem nível superior porque eles podem até conseguir uma vaga nas faculdades particulares, mas não conseguem pagar por ela", afirma Américo Kerr, presidente da Adusp (Associação dos Docentes da USP) e coordenador do Fórum das Seis, entidade que reúne os sindicatos de professores e funcionários das três universidades estaduais paulistas -USP, Unicamp e Unesp.
"Esse resultado é música para os ouvidos do ministério", diz Carlos Roberto Antunes dos Santos, titular da Sesu (Secretaria de Educação Superior). De acordo com Santos, o ministério está comprometido com o ensino superior público e gratuito, embora enfrente o desafio de financiar essas universidades. (MARIANA VIVEIROS)


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