|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Rio registra 4ª chacina em 3 dias
da Sucursal do Rio
Dois homens e uma mulher foram encontrados mortos ontem
de manhã em uma rua próxima à
favela Faz-Quem-Quer, em Rocha Miranda, na zona norte do
Rio de Janeiro.
Essa foi a quarta chacina registrada no Estado em menos de três
dias. O número de mortos das
quatro chacinas chegou a 16.
Segundo a polícia, os três eram
traficantes da região e haviam sido assassinados durante confronto com outros supostos traficantes do morro do Juramento (zona
norte), em disputa por pontos de
droga na região.
O tiroteio começou no início da
madrugada de ontem e só terminou às 6h, de acordo com informações da polícia, que chegou ao
local por volta das 5h.
Ninguém foi preso durante a
ação da polícia.
Luciano Ferreira da Silva, 19,
Regina Esmite França, 29, e um
homem ainda não identificado de
aproximadamente 25 anos tinham várias marcas de tiros de
escopeta e fuzil pelo corpo.
Regina França havia sido decapitada, segundo informou a Polícia Militar.
Policiais militares ocuparam
ontem a favela para evitar que
acontecessem novos confrontos
no local.
Adolescente morto
O secretário de Segurança Pública do Rio, Josias Quintal, disse
que o policial militar que matou
um adolescente na favela Vila do
Cruzeiro, na Penha (zona norte),
anteontem, já foi identificado e teve a arma apreendida.
Quintal informou que um sargento do 16ª batalhão, que não teve o nome divulgado, teria assumido a autoria do tiro. O policial,
entretanto, teria dito que o menor
atirou primeiro.
Segundo a polícia, E.R.,15, era
traficante da favela e havia atirado
contra os PMs que faziam uma
blitz na área, dando início à troca
de tiros. Reis levou um tiro no peito e morreu na hora.
A família negou o envolvimento
do adolescente com o tráfico e
disse que ele foi executado pelos
policiais.
O secretário declarou que haverá "uma séria investigação sobre o
caso". Ele disse que "o importante
é descobrir se ele (o adolescente)
reagiu à polícia ou não".
Ontem, cerca de 60 policiais militares ocuparam a favela da Vila
do Cruzeiro, para evitar novos tumultos no local.
Na noite de anteontem houve
violento protesto contra a ação
dos policiais. Moradores da favela
incendiaram quatro ônibus e saquearam um supermercado.
Durante o enterro do adolescente ontem à tarde no cemitério
de Irajá, parentes e amigos da vítima gritaram "assassinos" e "justiça" para os cinco policiais que estavam no local.
Texto Anterior: Mulher de uma das vítimas está grávida Próximo Texto: Prefeito é preso com arsenal na Bahia Índice
|