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CONSUMIDOR
Uso de anticoncepcional tem erro
2 casos de uso falho de remédio são apurados
DA REPORTAGEM LOCAL
Dois dias após lançar uma campanha nacional de recolhimento
do anticoncepcional injetável Depo-Provera, a Pfizer tem dois casos suspeitos de uso incorreto do
produto. Ambos foram avisados
pelos telefones de dúvidas (0800-551800 e 0800-7036912, das 7h às
22h). A empresa afirma ainda não
saber de onde são as suspeitas.
Fabricados pela Pharmacia,
comprada pela Pfizer em 2003,
dois lotes do remédio (50 mil caixas) foram enviados aos distribuidores com erro de impressão em
uma tarjeta que está na seringa.
Ela manda aplicar o medicamento via intravenosa (na veia),
mas a correta é a intramuscular
(injeção no músculo, ou seja, nas
nádegas ou no braço), conforme
informam a caixa e a bula.
A empresa não sabe dizer quais
as possíveis reações adversas do
uso incorreto do produto, mas é
certo que, se tomado na veia, ele
terá o tempo de efeito reduzido.
Normalmente, o Depo-Provera
garante três meses de proteção.
Os dois casos reportados ainda
serão investigados para que haja
certeza do uso incorreto. "Nossa
expectativa é que pouquíssimas
mulheres venham a tomar o contraceptivo na veia porque a aplicação é feita mediante prescrição
médica, e os médicos não recomendam a forma incorreta de administração", afirma João Fittipaldi, diretor-médico da Pfizer.
Segundo a Abrafarma, associação que reúne as redes de farmácias, elas não são autorizadas a
aplicar remédios por via intravenosa. A Pfizer já recebeu 2.300 ligações na central de atendimento.
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