DA SUCURSAL DO RIO

Apontado como o principal líder da facção criminosa ADA (Amigo dos Amigos), Edmílson Ferreira dos Santos, o Sassá, paga propina para que policiais o protejam, mostram escutas telefônicas feitas pela 21ª Delegacia de Polícia (Bonsucesso, zona norte).
Segundo as gravações, por semana, o traficante paga R$ 500 a policiais, ainda não identificados, para não atrapalhar a venda de drogas em seus redutos no complexo da Maré. Haveria pelo menos oito envolvidos. Segundo os investigadores, os policiais, nas conversas, são tratados por apelidos, como Chuck e Quebra.
Apesar de o aliado Erismar Rodrigues Moreira, o Bem-Te-Vi, ter o status de criminoso mais procurado, Sassá é o mais poderoso dos traficantes do Rio. Sassá detém o controle de pelo menos 17 favelas, espalhadas pelas zonas norte e oeste e Baixada Fluminense.
Além disso, atuaria como matuto (fornecedor de drogas) para todos os seus redutos e estaria agora também vendendo para a Rocinha, que, recentemente, teve presos seus principais distribuidores.
O traficante contaria com um exército de, pelo menos, cem homens na Maré, que teriam 50 fuzis e até bazucas para se defender de ataques de inimigos e da polícia.
Sassá é o grande responsável pelos recentes fechamentos das linhas Amarela e Vermelha, principais vias de ligação do aeroporto internacional Tom Jobim com o centro e as zonas sul e oeste da cidade do Rio.


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