São Paulo, quarta-feira, 17 de agosto de 2011

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Desrespeito de pedestres à faixa é comum

Apesar de estar no Código de Trânsito Brasileiro, multa a quem está a pé não é aplicada

DO "AGORA"

Pressa, preguiça e hábito. Essas são algumas das causas alegadas por pedestres para não atravessar na faixa nem esperar que o sinal específico fique verde.
O desrespeito é generalizado. A reportagem flagrou ontem pessoas disputando espaço com carros em 11 cruzamentos da região central, área onde é feita a operação pedestre, com fiscalização maior de motoristas.
Agentes da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) dizem que muitos pedestres não aceitam recomendação para cruzar na faixa nem sugestão de fazer o gesto da "mãozinha" para atravessar. "Os pedestres respeitam menos porque não levam multa", diz um marronzinho.
No entanto, mesmo quando quem está a pé comete o erro, cabe ao motorista respeitar a sua prioridade e estar sempre atento.
O contador Pierre George Sousa Santiago, 35, foi um dos que economizou tempo ontem ao trocar quatro faixas de pedestre por uma corridinha entre a av. São Luís e a rua da Consolação. "Já é costume. A pressa influencia, e a preguiça também."
Infrações de pedestres como "andar nas pistas de rolamento", "desobedecer à sinalização de trânsito específica" e atravessar cruzamentos em locais "sem permissão para esse fim" estão previstas no Código de Trânsito Brasileiro. As infrações, consideradas "leves", preveem multa de R$ 26,60.
Mas, na prática, quem trafega a pé pelo meio da rua não é multado. A CET informa que essa autuação depende de uma regulamentação por parte do Contran (Conselho Nacional de Trânsito). O Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) aponta que a fiscalização é difícil, já que o pedestre, diferentemente do carro, não tem número de matrícula.


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