São Paulo, quarta-feira, 17 de agosto de 2011

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Morre 2ª vítima de acidente em parque

A dona do estabelecimento e seu filho foram indiciados sob suspeita de homicídio doloso e lesões corporais

Ainda há um ferido em estado grave; operador do brinquedo disse que era orientado pela chefe a superlotar carrinhos


PAULA BIANCHI
GUSTAVO ALVES

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO

O adolescente Vitor Oliveira, 16, morreu ontem, dois dias após ser atingido por um carrinho que se desprendeu de um brinquedo no parque Glória Center, em Vargem Grande, na zona oeste do Rio.
Foi a segunda morte causada pelo acidente -a primeira foi a da estudante Alessandra da Silva Aguilar, 17, no domingo.
A proprietária do estabelecimento, Maria da Glória Pinto, e o filho dela, Leandro, foram indiciados sob suspeita de homicídio doloso (quando há intenção de matar) e de lesões corporais em outras seis pessoas.
O operador do brinquedo, Jean Falcão dos Santos, 20, havia confirmado à Polícia Civil anteontem que era orientado a colocar até seis pessoas em cada carrinho do equipamento, chamado "Tufão". A capacidade máxima era de quatro passageiros.
No momento do acidente, o carrinho que se desprendeu levava cinco pessoas.
Outra vítima do acidente, Daiane Mesquita, 17, segue internada no Centro de Tratamento Intensivo do hospital Miguel Couto, na Gávea, zona sul do Rio. O estado dela é considerado grave.
Antes de serem indiciados, mãe e filho recusaram-se a prestar depoimento à polícia. "Eles só devem se pronunciar na Justiça", disse o advogado Silvio Souza.
"Não sou assassina", gritava Maria da Glória, com uma touca preta na cabeça e escondendo o rosto com a bolsa, ao deixar a delegacia.
"Foi um acidente. Eu quero que as pessoas que me conhecem me defendam. Eu já fiz muita criança feliz."

OUTRAS MORTES
Domingo, ela havia dito à polícia não saber de nenhum acidente grave envolvendo o parque -que é alvo de ao menos outros quatro inquéritos, dois de homicídio e dois de lesões corporais.
Em 2006, o estudante Robson da Costa, 14, morreu após o brinquedo onde estava escondido ter sido ligado.
A outra morte ocorreu em junho, em Paty de Alferes, interior do Rio. Diogo de Melo Paiva, um funcionário que ajudava a operar um brinquedo, foi atingido na cabeça ao invadir uma área proibida. Os dois inquéritos ainda estão em andamento.


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