da Reportagem Local

Logo depois de render o motorista da Viação Cometa no trajeto entre São Paulo e Ribeirão Preto no último dia 7, um dos assaltantes pediu desculpas aos passageiros ao anunciar o roubo.
"Ele parecia meio constrangido por estar assaltando", diz o técnico em informática Jorge Alexandre Barbosa, 24, um dos 40 passageiros que estavam no ônibus no momento do assalto.
Barbosa diz que, no Terminal Rodoviário do Tietê, dois homens de aproximadamente 40 anos embarcaram normalmente no ônibus da Viação Cometa.
"Eles estavam vestidos normalmente, falavam bem e ninguém estranhou nada", diz.
Em Americana, próximo ao km 125 da rodovia Anhanguera, os dois assaltantes cobriram os rostos com lenços e um deles foi até a parte dianteira do ônibus e encostou o cano de sua arma, provavelmente um 38, na cabeça do motorista.
Sob ameaça, o motorista foi obrigado a reduzir a velocidade do ônibus, enquanto o segundo assaltante recolhia carteiras, relógios, jóias e até um terno que advogado Ricardo do Nascimento, 29, levava em sua viagem de lazer para Ribeirão Preto (319 km de São Paulo).
Toda a ação durou menos de sete minutos. Por volta das 21h30 da sexta-feira 7 de agosto, os assaltantes obrigaram o motorista a parar no acostamento, próximo ao km 130 da rodovia na divisa entre Americana e Limeira, desceram e se esconderam na mata.
Barbosa, que vai a Ribeirão pelo menos uma vez por mês visitar a família, se diz surpreso pela rapidez e facilidade do assalto.
"Nunca havia percebido como é fácil cometer um assalto desse tipo. Acho que as empresas têm que começar a usar detectores de metal ou buscar outra forma para impedir isso", diz.
Os assaltantes levaram pouco mais de R$ 50 do técnico em informática.
Já o advogado Ricardo do Nascimento teve prejuízo maior. Além do terno, os assaltantes levaram R$ 250 em dinheiro e o seu relógio de pulso, de marca Ômega.
Para o advogado, a solução para o problema também é a implantação de detectores de metal nas plataformas de embarque.



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