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PSDB oferece relatoria a Miriam
da Reportagem Local
Com o objetivo de ter a CPI da
oposição aprovada, o PSDB ofereceu ontem a relatoria da comissão
à vereadora Miriam Athiê, do
PMDB. Miriam apresentou requerimento de abertura da CPI da
situação. Se for aprovada em plenário, ela será a presidente.
A oferta foi feita ontem pelo líder da bancada tucana, vereador
Dalton Silvano. "A idéia é mostrar
que a proposta da oposição não é
radical. Queremos chegar a um
consenso para que todas as denúncias de irregularidades na administração pública sejam apuradas", explicou Silvano.
Miriam Athiê recusou a proposta dos tucanos, mas não foi uma
recusa definitiva. Disse que "não
pode retroceder", por isso não
tem como retirar a proposta de
CPI comandada por ela. Mas admitiu participar da CPI da oposição caso ela seja aprovada pela
maioria dos vereadores.
A discussão sobre as duas propostas de CPI vai polarizar a semana na Câmara, que na prática
começa com a sessão de hoje. Até
agora, nenhum dos dois blocos na
Casa tem os 28 votos necessários
para a aprovação de sua comissão
parlamentar de inquérito.
A da oposição, que será presidida por Roberto Trípoli (PSDB) se
for aprovada, tem o apoio de 24
vereadores, segundo o autor da
proposta. Desde ontem, oposicionistas estão fazendo uma ofensiva
para convencer quatro vereadores governistas a aderirem à proposta (leia as estratégias dos blocos nos quadros abaixo).
Já Miriam Athiê afirma contar
com o apoio de cerca de 25 vereadores do bloco governista. Mas
admite que está tendo dificuldade
para conseguir outros aliados.
Maior exemplo da dificuldade é a
bancada do PTB, de cinco vereadores, que sempre vota com o governo, mas decidiu não apoiar nenhuma das duas CPIs.
Há uma terceira opção de CPI,
ainda não protocolada oficialmente, mas defendida por Miguel
Colasuonno e Paulo Frange (ambos do PPB). Essa investigação teria o comando dos governistas e
pouparia o prefeito Celso Pitta e
os módulos do PAS (Plano de
Atendimento à Saúde).
A decisão deve começar a ser tomada na manhã de hoje, em duas
reuniões, uma dos governistas e
outra dos oposicionistas. À tarde,
na sessão, as propostas devem ser
colocadas em votação, segundo
Dalton Silvano.
Também na sessão de hoje os
vereadores devem aprovar a criação de uma corregedoria e de um
código de ética na Câmara Municipal. As duas propostas estão há
mais de cinco anos na pauta da
Câmara e foram desenterradas
pelo bloco governista para mostrar à opinião pública que os vereadores querem limpar a corrupção na Casa.
(OTÁVIO CABRAL)
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