São Paulo, segunda-feira, 17 de setembro de 2001

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Sindicato vê falha de projeto em jato

DA REPORTAGEM LOCAL

Cesar Sfoggia, secretário de segurança de vôo do Sindicato Nacional dos Aeronautas, afirmou que, provavelmente, houve falha no projeto do Fokker acidentado. Segundo ele, o avião deveria ter uma camada de contenção para evitar que uma peça, ao se soltar do motor, atingisse a fuselagem.
Ele diz que as causas do acidente de 1996, em que um Fokker 100 caiu logo após ter decolado de Congonhas, matando 99 pessoas, também foram falhas de projeto. Segundo ele, a TAM já está começando a trocar essa frota.
O assessor de imprensa da TAM, Paulo Pompilho, rebate. Segundo ele, o programa de aviões novos da TAM faz parte da ampliação da frota e não tem nada a ver com supostas falhas de projeto. "O Fokker é uma superaeronave, a melhor da categoria. Em termos de acidentes, é muito superior aos Boeings", diz.
De acordo com ele, a substituição dos jatos (a frota tem 50 Fokkers), prevista para 2015, se deve ao fato de que as aeronaves pararam de ser fabricadas, por problemas financeiros da fabricante. "A TAM tem a frota mais moderna do Brasil e quer continuar assim."
Segundo Sfoggia, só se consegue respirar normalmente até cerca de 3.000 metros de altura. Como os aviões comerciais atingem de 10 mil a 12 mil metros, têm compressor no motor, que faz a pressurização. Se há despressurização, caem máscaras de oxigênio.
Elas têm capacidade para até 15 minutos. "Mas é possível fazer um procedimento de emergência em um minuto e meio", afirma.



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