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Polícia diz que há mais agentes públicos envolvidos
DA REPORTAGEM LOCAL
A Polícia Civil acredita que pelo
menos outras duas pessoas tenham envolvimento com os crimes. Uma delas, um homem de
barba, estaria sempre ao volante
do carro usado pelos PMs no centro. A suspeita é que ele seja um
ex-PM, um policial aposentado
ou até um membro do serviço reservado da corporação.
O quarto agressor seria o comparsa do segurança da rua Tabatingüera. No local, por enquanto,
sabe-se apenas que M.A.T. faz vigilância com o sobrinho, um
guarda-civil metropolitano.
"A vinculação de GCMs está
sendo investigada. É isso que na
semana que vem nós poderemos
começar a esclarecer", disse Saulo
de Castro Abreu Filho.
Para o secretário, apesar de ainda sobrar trabalho aos investigadores, a apuração vai bem e o prazo que ele fixou para a solução do
caso "bem ou mal" foi cumprido.
Ontem, a polícia localizou e
apreendeu três Opalas escuros
-um preto, um vinho e um prata. Todos estariam ligados aos três
acusados. Num deles foi achado
um cassetete, que será analisado.
Os laudos feitos nos corpos das
vítimas indicam que a arma do
crime é um instrumento de formato contundente -como são os
cassetetes e tonfas (modelo com
alça). "Foi alguma coisa com ponta arredondada e não-metálica,
pois não há perfuração. Os PMs e
GCMs usam muito tonfas no centro. Elas são de plástico muito pesado. Se você bate com a ponta
que serve para segurar, funciona
como um martelo. Quase não fere
por fora, mas racha por dentro",
descreveu Abreu Filho.
Além de localizar todos os
agressores, outro grande desafio
da polícia na semana que vem é
esclarecer a relação entre os PMs e
o segurança preso e definir o que
cada um fez em cada agressão. Para acelerar o trabalho, a polícia está acenando com o benefícios da
delação premiada -eventual redução de pena- para o acusado
que colaborar.
(SC)
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