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DIREITO PENAL
Proposta foi aprovada também pela OAB
Descriminalização do adultério é elogiada por procurador-geral
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O procurador-geral da República, Claudio Fonteles, elogiou a
proposta de mudança no Código
Penal aprovada pela Comissão de
Constituição e Justiça da Câmara,
pela qual o adultério deixará de
ser considerado crime.
"Criminalizar o adultério é tolo.
A infidelidade se resolve muito
mais no plano do direito civil. A
pessoa pode pedir a separação,
com as conseqüências previstas
na legislação, por exemplo a perda do direito à guarda de filhos."
A OAB (Ordem dos Advogados
do Brasil) também aplaudiu a
proposta, por meio de dois representantes da entidade. O advogado criminalista Ademar Rigueira,
que preside a Comissão Nacional
de Defesa e Valorização da Advocacia da OAB, disse que "o crime
de adultério está em desuso porque não há interesse do Estado
em tutelar ou reprimir este tipo de
conduta".
Já o advogado criminalista Alberto Zacharias Toron, conselheiro federal da OAB, afirmou que a
exclusão do adultério dos crimes
previstos no Código Penal é oportuna. "Em boa hora o legislador
vai abolir essa figura penal, anacrônica e que já se prestou a muitos ridículos."
Pelo Código Penal, de 1940, o
adultério do marido ou da mulher
pode ser punido com até seis meses de prisão. O projeto, do deputado Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ), suprime essa punição.
O texto, que ainda será apreciado pelo plenário da Câmara, acaba também com os crimes de sedução e rapto consensual e elimina o conceito de "mulher honesta" e extingue a possibilidade de o
acusado de estupro ser perdoado
na hipótese de a vítima se casar.
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