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Defesa do consumidor pede ação de agência
Para a ONG Proteste, a entidade reguladora do setor deveria intervir nas discordâncias entre os médicos e os auditores
Quem sai prejudicado é o paciente, que pode ter os tratamentos e os exames adiados devido a exigências de operadoras, diz entidade
DA REPORTAGEM LOCAL
A ANS (Agência Nacional de
Saúde Suplementar) deveria
intervir nas relações conflituosas entre os médicos dos pacientes e os auditores que
atuam em favor das operadoras
de saúde. A avaliação é de Ana
Luisa Ariolli, supervisora institucional da Proteste, entidade
de defesa do consumidor.
Para ela, falta um mediador
dos conflitos, cuja quantidade
vem crescendo, e que, em última instância, penaliza o consumidor. O Conselho Regional de
Medicina já recebeu relatos de
procedimentos protelados, recusa de medicamentos e até de
restrições no tempo de internação do paciente.
"A responsabilidade da agência regulatória não deixa de
existir. Ela tem de ter o comprometimento com a qualidade, e isso implica fazer esse
meio de campo", diz.
No entanto, Fausto Pereira
dos Santos, diretor-presidente
da ANS, afirma já existir uma
regulamentação sobre os mecanismos que as operadoras de
saúde podem adotar para autorizar e validar procedimentos.
"A atuação dos auditores deve ser analisada muito mais no
campo da ética do que no de
uma possível regulamentação
da agência reguladora sobre isso", afirma.
Segundo ele, a agência tem
recebido reclamações sobre
mecanismos protelatórios da
autorização de procedimentos
médicos. Por exemplo, um médico pede uma ressonância
magnética e, para autorizar o
exame, a operadora pede outro
parecer médico, exames prévios ou até a avaliação de uma
junta médica. Tudo isso provoca a demora na autorização do
procedimento.
(CC)
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