São Paulo, domingo, 17 de setembro de 2006

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Namorada de coronel se diz condenada

Advogada divulgou nota em que afirma ser vítima de um "plano sórdido" para incriminá-la; ela pode ser indiciada

Carla Cepollina também afirma que o barulho ouvido pelos vizinhos de Ubiratan foi "de batida forte de porta" e não o de um estampido

ANDRÉ CARAMANTE
KLEBER TOMAZ

DA REPORTAGEM LOCAL

A advogada Carla Cepollina 40, investigada como suspeita do assassinato do coronel da reserva da PM e deputado estadual Ubiratan Guimarães, 63, disse ontem, por meio de uma nota intitulada "A verdade dos fatos" que há um plano "sórdido" para incriminá-la. "O plano para me incriminar é tão sórdido que estão até mandando pessoas ligarem para meu telefone, fingindo estarem querendo me cobrar pelo "serviço prestado", afirma.
A advogada apresentará ao Ministério Público uma queixa-crime contra a revista Veja, que publicou em sua última edição uma reportagem sobre o caso Ubiratan. Segundo Carla, o texto traz "injúrias e difamação" contra ela. A revista não respondeu aos contatos feitos pela reportagem.
Na nota, Carla diz que o barulho ouvido por vizinhos na noite do crime foi de "batida forte de porta e não de estampido".
Há uma semana, Ubiratan foi encontrado morto em seu apartamento. Ele foi assassinado com um tiro no abdômen, provavelmente disparado por uma das sete armas que mantinha em casa.
Ontem, a polícia recolheu dois projéteis calibre 38 da arma que sumiu do apartamento do coronel. Eles foram encontrados num imóvel rural no interior de São Paulo. Lá, a arma foi testada numa árvore antes de ser emprestada a Ubiratan por um amigo. O objetivo da polícia é confrontar os projéteis com o encontrado no sofá da vítima e que o matou.
Investigadores da polícia, que preferem não se identificar, afirmam que Carla será indiciada na próxima semana por crime doloso pelo assassinato e pode responder em liberdade. O exame de corpo delito, realizado na terça, mostrou que Carla estava com arranhões nos pulsos. Ela diz ter se ferido em seu próprio carro.


Colaborou o "Agora"


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