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Namorada de coronel se diz condenada
Advogada divulgou nota em que afirma ser vítima de um "plano sórdido" para incriminá-la; ela pode ser indiciada
Carla Cepollina também afirma que o barulho ouvido pelos vizinhos de Ubiratan foi "de batida forte de porta" e não o de um estampido
ANDRÉ CARAMANTE
KLEBER TOMAZ
DA REPORTAGEM LOCAL
A advogada Carla Cepollina
40, investigada como suspeita
do assassinato do coronel da reserva da PM e deputado estadual Ubiratan Guimarães, 63,
disse ontem, por meio de uma
nota intitulada "A verdade dos
fatos" que há um plano "sórdido" para incriminá-la. "O plano
para me incriminar é tão sórdido que estão até mandando
pessoas ligarem para meu telefone, fingindo estarem querendo me cobrar pelo "serviço
prestado", afirma.
A advogada apresentará ao
Ministério Público uma queixa-crime contra a revista Veja,
que publicou em sua última
edição uma reportagem sobre o
caso Ubiratan. Segundo Carla,
o texto traz "injúrias e difamação" contra ela. A revista não
respondeu aos contatos feitos
pela reportagem.
Na nota, Carla diz que o barulho ouvido por vizinhos na noite do crime foi de "batida forte
de porta e não de estampido".
Há uma semana, Ubiratan foi
encontrado morto em seu
apartamento. Ele foi assassinado com um tiro no abdômen,
provavelmente disparado por
uma das sete armas que mantinha em casa.
Ontem, a polícia recolheu
dois projéteis calibre 38 da arma que sumiu do apartamento
do coronel. Eles foram encontrados num imóvel rural no interior de São Paulo. Lá, a arma
foi testada numa árvore antes
de ser emprestada a Ubiratan
por um amigo. O objetivo da
polícia é confrontar os projéteis com o encontrado no sofá
da vítima e que o matou.
Investigadores da polícia,
que preferem não se identificar, afirmam que Carla será indiciada na próxima semana por
crime doloso pelo assassinato e
pode responder em liberdade.
O exame de corpo delito, realizado na terça, mostrou que
Carla estava com arranhões
nos pulsos. Ela diz ter se ferido
em seu próprio carro.
Colaborou o "Agora"
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