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Grevistas optaram por risco e intransigência, diz governo
A secretaria diz que, enquanto durar a greve, não enviará projeto de aumento à Assembléia
"Não se pode colocar em jogo a segurança dos cidadãos, e o governo vai às últimas conseqüências para evitar isso", diz nota oficial
DA REPORTAGEM LOCAL
A Secretaria da Segurança
Pública (SSP) informou ontem,
por meio de nota oficial, que,
enquanto durar a greve, não enviará mais à Assembléia Legislativa projeto de lei que prevê
R$ 500 milhões a mais para o
pagamento do salário dos policiais ainda neste ano.
Pela nota, a SSP classifica a
greve como "despropositada,
que atinge um serviço essencial
à população e gera intranqüilidade". A pasta afirma ainda que
os sindicatos que representam
os policiais civis não querem
dialogar e "optaram pela intransigência e pelo risco".
Na nota, a secretaria também
reafirmou que o aumento salarial reivindicado pelos policiais
está "fora da realidade orçamentária do Estado".
Segundo ainda a secretaria, o
aumento representaria acréscimo de R$ 3 bilhões à folha de
pagamento da polícia.
Sem dar muitos detalhes, o
documento diz ainda que "não
se pode colocar em jogo a segurança dos cidadãos, e o governo
vai às últimas conseqüências
para evitar que isso aconteça".
A Secretaria de Gestão Pública, responsável pelas negociações com a categoria, não quis
se manifestar. Procurado, o governador José Serra (PSDB) informou, por meio de sua assessoria, que apenas a Secretaria
da Segurança Pública iria se
manifestar sobre a paralisação.
A Folha apurou que o governador Serra se reuniu ontem
com o secretário Sidney Beraldo (Gestão) para discutir a greve. Mas não houve uma sinalização de apresentar uma nova
contraproposta à categoria.
A secretaria diz ainda que "os
sindicatos escondem deliberadamente de suas bases os benefícios das propostas apresentadas pelo governo" e que vem
tentando o "diálogo". Segundo
a SSP, o investimento de R$
500 milhões beneficiaria 1.000
dos 3.500 delegados e daria aumento de até 38% para os que
estão em início de carreira.
A SSP também diz, na nota,
que a cartilha divulgada por
sindicatos e associações que representam os policiais com
orientações para a greve tem
muitos procedimentos ilegais
ou que contrariam a liminar
que determina que 80% do efetivo policial permaneça nas delegacias e que nenhuma atividade seja interrompida.
A nota, porém, não especifica
a quais procedimentos a secretaria se refere.
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