DA SUCURSAL DO RIO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA ONLINE, NO RIO

Apontado pela Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio como o principal traficante do complexo de favelas do Alemão (zona norte do Rio), Antônio de Souza Ferreira, o Tota, pode ter sido uma das vítimas da chacina que ocorreu no morro do Adeus, na madrugada de ontem, afirma a polícia.
Segundo informações dadas ao Disque-Denúncia, seis traficantes foram mortos por cúmplices do Comando Vermelho, em uma espécie de acerto de contas interno da facção.
Até a conclusão desta edição, os corpos não tinham sido localizados. No fim da tarde, por ordem do secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, uma tropa do Bope (Batalhão de Operações Especiais) foi ao Alemão auxiliar na procura dos cadáveres.
A PM levou ao complexo o novo Caveirão, que quebrou já em sua estréia. Segundo a Secretaria de Segurança, o veículo foi atingido por uma granada.
Tota é o traficante mais procurado pela polícia do Rio desde que se estabeleceu, há cerca de três anos, no complexo do Alemão, vindo da favela do Caramujo, em Niterói (região metropolitana). O Disque-Denúncia oferece R$ 10 mil para quem der informações sobre ele.
Segundo a polícia, Tota e cinco traficantes foram pegos em tocaia no largo da Bolufa, no Adeus, uma das favelas do complexo. Entre os mortos, dois seriam irmãos de Tota. Os corpos teriam sido carbonizados.
Segundo a polícia, o principal suspeito de comandar o ataque é Luciano Pezão, a mando do traficante Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, preso na penitenciária de Catanduvas (PR). Ele é o chefe da criminalidade no complexo do Alemão. A polícia diz que Tota herdou o comando do tráfico no Alemão de Elias Maluco, preso depois de chefiar o bando que matou o jornalista Tim Lopes, na Vila Cruzeiro (zona norte). (SERGIO TORRES E LUISA BELCHIOR)

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