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BORIVAL PINTO DE MORAES (1933-2008)
A Light tirou seu Bori de Santo Antônio
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Das quatro cidades paranaenses de nome Santo Antônio, a maior delas é Santo
Antônio da Platina, no nordeste do Estado. Fundada
em 1914, no ano em que alguns se ocupavam em iniciar
a Primeira Guerra, a cidade
tem hoje 40.480 habitantes,
15,53% deles no campo.
De pais fazendeiros, lá nasceu seu Bori, oficialmente
Borival Pinto de Moraes no
registro geral. Seria mais um
a se juntar aos trabalhadores
da cidade não fosse o fato de
ele e os oito irmãos terem
vindo cedo para São Paulo.
Tinha uns 18 anos na época
e largou a vida recém-iniciada de alfaiate. Foi trabalhar
com manutenção na Light,
empresa canadense responsável por gerar e distribuir
energia na cidade.
Chegou a chefe de controle
e se aposentou em 1980, um
ano antes de o governo criar
a Eletropaulo.
Casado desde o primeiro
dia de 1949 com Neuza, que
conheceu quando ambos
moravam na Cidade Dutra
(zona sul de São Paulo), ficou
viúvo em 2000. O que mais
gostava de fazer era jogar
conversa fora com os amigos.
Freqüentador de bailes, ia
sempre ao Eucaliptos e ao
Redondinho, casas de shows
na avenida Robert Kennedy.
"Só parou de ir aos bailes
porque as boates foram fechadas por estarem numa
área de manancial", lembra a
filha. Fumava dois maços de
cigarro Palace por dia.
Morreu no sábado, vítima
de um edema pulmonar, aos
75 anos. Deixou duas filhas,
Tânia e Telma, e duas netas.
obituario@folhasp.com.br
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