São Paulo, quarta-feira, 17 de setembro de 2008

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BORIVAL PINTO DE MORAES (1933-2008)

A Light tirou seu Bori de Santo Antônio

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Das quatro cidades paranaenses de nome Santo Antônio, a maior delas é Santo Antônio da Platina, no nordeste do Estado. Fundada em 1914, no ano em que alguns se ocupavam em iniciar a Primeira Guerra, a cidade tem hoje 40.480 habitantes, 15,53% deles no campo.
De pais fazendeiros, lá nasceu seu Bori, oficialmente Borival Pinto de Moraes no registro geral. Seria mais um a se juntar aos trabalhadores da cidade não fosse o fato de ele e os oito irmãos terem vindo cedo para São Paulo.
Tinha uns 18 anos na época e largou a vida recém-iniciada de alfaiate. Foi trabalhar com manutenção na Light, empresa canadense responsável por gerar e distribuir energia na cidade.
Chegou a chefe de controle e se aposentou em 1980, um ano antes de o governo criar a Eletropaulo.
Casado desde o primeiro dia de 1949 com Neuza, que conheceu quando ambos moravam na Cidade Dutra (zona sul de São Paulo), ficou viúvo em 2000. O que mais gostava de fazer era jogar conversa fora com os amigos.
Freqüentador de bailes, ia sempre ao Eucaliptos e ao Redondinho, casas de shows na avenida Robert Kennedy.
"Só parou de ir aos bailes porque as boates foram fechadas por estarem numa área de manancial", lembra a filha. Fumava dois maços de cigarro Palace por dia.
Morreu no sábado, vítima de um edema pulmonar, aos 75 anos. Deixou duas filhas, Tânia e Telma, e duas netas.

obituario@folhasp.com.br



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