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Alunos conseguem policiamento
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A professora paulista Maria
Angélica Fraga, 44, levou seus 35
alunos da 2ª série da escola Iracema de Castro Amarante, em Bauru (SP), para explorar o bairro
Santa Edwirges, onde vivem na
periferia da cidade.
Do estudo que os alunos fizeram surgiu uma comparação com
bairros nobres da cidade.
A conclusão foi que, apesar de
também pagarem impostos, suas
famílias sofriam com problemas
que outros bairros não tinham.
A partir do resultado, a turma
fez um abaixo-assinado na região
pedindo mais policiamento. Com
isso, o bairro ganhou mais soldados e carros para a polícia.
Os alunos também fizeram uma
cartilha sobre como economizar
água, além de uma visita ao DAE
(Departamento de Água e Esgoto) pedindo melhorias no bairro.
A idéia da professora ensinou
seus alunos a reivindicar seus direitos e também foi premiada.
Ontem, Maria Angélica e mais
14 professores receberam o prêmio Incentivo à Educação, distribuído pelo Ministério da Educação e pela Fundação Santista.
Maria Angélica disse que começou o projeto tentando incentivar
seus alunos a irem à aula.
"A maioria é de famílias muito
pobres e não tinha incentivo para
estudar", contou.
O resultado foi além. "Eles estão
mais críticos, perceberam que podem fazer diferença, não precisam ficar esperando os outros
agirem por eles", disse.
O prêmio é dado, desde 96, aos
melhores projetos pedagógicos
criados por professores de 1ª a 4ª
série do ensino fundamental. Cada um dos escolhidos recebeu, do
presidente Fernando Henrique
Cardoso e do ministro da Educação, Paulo Renato Souza, uma
medalha, um diploma e R$ 4.000.
Os projetos vencedores incluem
desde o uso de brinquedos para
ajudar na alfabetização até o trabalho de valorização do idoso, feito pela professora Cyntia Werpachowski, de Curitiba (PR).
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