|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Governador reconhece que arma de PM matou menino de 6 anos
DA SUCURSAL DO RIO
O governador do Rio, Anthony
Garotinho, reconheceu ontem
que partiu da arma de um policial
militar a bala que matou um menino de 6 anos no morro de São
Carlos, na zona central do Rio, há
exatos dois meses.
Na época, o governo do Estado
afirmou que Gabriel Barros dos
Santos havia sido morto por traficantes. As autoridades diziam se
basear em um laudo do IML (Instituto Médico Legal) que apontava um tiro à queima-roupa.
Mas um exame de balística feito
pelo Instituto de Criminalística
Carlos Éboli atestou que o tiro
partiu da arma de um policial que
estava na guarita do complexo penitenciário Frei Caneca, próximo
ao morro.
"O governo agiu com transparência. Se fosse outro, abafava. O
Estado tem que admitir seus erros", disse Garotinho. Ele disse
que a família -que ontem foi recebida pelo secretário da Segurança, Josias Quintal- "tem todo
o direito do mundo a uma indenização" e afirmou que o policial
deve ser apresentado até sexta.
No dia da morte de Gabriel, os
moradores do São Carlos desceram o morro, fecharam várias
ruas do bairro do Estácio e queimaram dois ônibus.
O governo disse que o protesto
foi incitado por traficantes e chegou a oferecer R$ 10 mil por informações que levassem à prisão do
responsável pelo crime. Um protesto contra a violência policial
convocado por líderes de favelas
foi reprimido, com a ameaça de
que os participantes seriam filmados e processados, pois estariam
ligados ao tráfico.
Na favela Gogó da Ema, em
Guadalupe (zona norte), moradores incendiaram um ônibus
ontem em protesto contra a atuação dos PMs do Getam (Grupamento Tático Móvel). Eles acusavam os PMs pelo espancamento
de um rapaz de 17 anos.
Texto Anterior: Cinco adolescentes são vítimas de sequestro relâmpago no Rio Próximo Texto: Panorâmica: STJ suspende pagamento antecipado de diferença de valor de diária a hospital Índice
|