São Paulo, domingo, 17 de outubro de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Técnica italiana é adaptada no Brasil

DA REPORTAGEM LOCAL

O Instituto Europeu de Oncologia em Milão (Itália) foi o primeiro centro a utilizar radioterapia intra-operatória para o câncer de mama. Em 2000, a instituição iniciou um estudo com 800 pacientes acima de 48 anos com tumores inferiores a 2,5 cm. Os resultados ainda não foram publicados.
Pesquisador durante três anos no instituto italiano, o mastologista brasileiro Antonio Frasson, da PUC-RS e do hospital Albert Einstein, foi um dos responsáveis pela introdução da técnica, aplicada ao câncer de mama, no país. No hospital da PUC-RS, que atende pacientes do SUS, a radioterapia intra-operatória já foi utilizada em 25 mulheres.
Segundo Frasson, para que houvesse viabilidade de implantar a técnica no país, foi preciso uma adaptação, um certo "jeitinho brasileiro". Na Europa, é usado um acelerador linear (que emite os feixes de raios-X) portátil, que custa em torno de US$ 2 milhões. A aplicação é feita em uma sala do centro cirúrgico geral, especialmente blindada contra vazamento de radiação.
Sem condições de arcar com os custos do aparelho, os hospitais estão adaptando seus centros de radioterapia, onde há aceleradores lineares fixos, para a realização da cirurgia. Além das reformas físicas necessárias, os centros passaram a ser esterilizados especialmente para o procedimento.
Para Frasson, a adaptação do método vai permitir que mais centros brasileiros comecem a adotar a técnica da radioterapia intra-operatória.


Texto Anterior: Saúde: Radioterapia é feita durante cirurgia
Próximo Texto: Método serve para outros tipos de tumor
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.