FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE

Subiu para seis o número de prédios e casas interditados pela Defesa Civil e pelo Corpo de Bombeiros em conseqüência do desabamento do edifício Areia Branca, na noite de quinta-feira, em Jaboatão dos Guararapes, região metropolitana de Recife (PE). Três pessoas continuavam desaparecidas sob os escombros.
Ontem, um prédio de seis andares e três casas situados nas imediações foram desocupados por precaução. As equipes de resgate temem que a retirada dos entulhos possa provocar abalos na estrutura de um edifício vizinho.
O temor é que esse prédio também caia e atinja os demais. Pedaços de concreto estão escorados nas colunas laterais e buracos de até 4 m foram abertos nas paredes pelo impacto dos destroços. Os bombeiros dizem que ainda não é possível avaliar as condições.
As famílias desalojadas saíram às pressas, muitas delas apenas com as roupas do corpo e alguns objetos de uso pessoal. Ontem, várias pessoas tentaram entrar nos imóveis para recuperar bens, mas foram impedidas pela polícia. Apenas dois homens que chegaram às 6h conseguiram furar o bloqueio e saíram com malas.
Toda a área próxima continua interditada. Apenas os carros oficiais e caminhões com entulho são permitidos.
Ontem de manhã, os bombeiros conseguiram remover os três maiores obstáculos que vinham dificultando o trabalho de resgate: a caixa-d'água de 36 toneladas e as duas lajes que ameaçavam deslizar em direção a um prédio vizinho. Dois operários da empresa que examinava a estrutura e um bombeiro que trabalhava como segurança estão sumidos. O corpo do porteiro Antonio Félix dos Santos, 38, foi enterrado ontem.
As causas do acidente ainda são desconhecidas. O Areia Branca desabou às 20h30 de quinta. Às 2h, após vários estalos ouvidos desde terça, os moradores saíram.


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