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Escola também
educa alunos na
hora do lanche
DA REPORTAGEM LOCAL
Ao longo de 2001, os 5.000
alunos do colégio Dante Alighieri, de São Paulo, consumiram 4.830 litros de sucos de
frutas. No ano seguinte, o consumo saltou para 11.600 litros.
Os números revelam o sucesso de uma experiência de mudança de hábitos alimentares
na escola. Sem proibir o que
"todo mundo gosta", a escola
motiva os alunos a optarem
por combinações saudáveis.
A experiência começou em
1999 com a contratação da nutricionista Martha Fonseca
Paschoa, 29. "Eu vinha de um
hospital, onde eu decidia o que
os pacientes iriam comer.
Aqui, os alunos mandavam.
Muitos compravam salgadinhos só por causa da figurinha.
Os magrinhos pegavam a figurinha e deixavam a batata do lado. O gordinho vinha e comia."
A nutricionista substituiu frituras por assados e colocou nas
cantinas da escola cardápios
com as calorias dos alimentos.
Nas "vitrines", os sucos naturais estão em primeiro lugar.
Refrigerantes existem, mas estão escondidos na geladeira.
Brigadeiro, tem sim, mas custa
mais caro que uma maçã.
A cada dia, as crianças podem escolher o cardápio comum ou o light. Um restaurante foi aberto para atender os
alunos que precisam estender
seus horários. Eles escolhem o
cardápio, contabilizando as calorias, mas não podem fugir do
grelhado, arroz, feijão e salada.
No próximo ano, a escola terá
um "kit atleta", para os que
participam de competições.
"Todo mundo passou por treinamento, pois achamos que
ensinar a comer é uma das funções da escola", diz Paschoa.
Alunos acima do peso, ou
com problemas como diabetes
ou colesterol alto, são tratados
individualmente. A partir da
receita médica, a nutricionista
prepara com o aluno um cardápio que é avalizado pelo médico. Vem sendo assim com Cícero Dias, 10, que tinha colesterol alto. "Médico e nutricionista elaboraram um cardápio que
meu filho aceitou muito bem, e
o colesterol voltou a níveis normais", afirma a psicóloga Maria da Glória Vicente, 43.
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