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Tops pedem equilíbrio emocional a modelos
Modelos divergem sobre a morte por anorexia da brasileira Ana Carolina
Para Isabella Fiorentino, distúrbios alimentares não são raros; Mariana Weickert
diz que pressões ocorrem em qualquer profissão
VIVIAN WHITEMAN
DA REPORTAGEM LOCAL
A morte da modelo Ana Carolina Reston Marcan em decorrência de uma anorexia dividiu opiniões entre as tops
brasileiras. Algumas acreditam
que o caso é uma exceção, outras, que se trata de um desfecho extremo para um problema
não tão raro assim. Mas todas
concordam em um ponto: é
preciso ter muita responsabilidade e estrutura emocional.
"Infelizmente, com a competição que existe no nosso meio,
muitas meninas dão mais importância ao trabalho e a ideais
de beleza do que à saúde", disse
a top Gisele Bündchen.
"Não foi uma coisa isolada.
Existem muito mais modelos
com distúrbios alimentares sérios do que a gente imagina",
afirma Isabella Fiorentino, 29.
Para ela, que atua desde os
anos 90, a competição está cada
vez mais acirrada, o que leva as
meninas a tomarem medidas
extremas. "Depois dos 20, não
dá mais para ter corpo de adolescente, e muitas não aceitam
isso. E tem o mercado e os estilistas, que procuram mesmo as
meninas mais esqueléticas para a passarela", diz.
Já Mariana Weickert, 24, que
atualmente divide seu tempo
entre os trabalhos como modelo e a apresentação do programa "Saca-Rolha", na Band, afirma que a morte de Ana Carolina deve ser tratada como conseqüência de uma doença que
não tem relação direta com o
universo da moda. "É uma
questão de ter ou não ter estrutura para agüentar as pressões,
que existem em todas as profissões. Nesse caso, faltou um tratamento mais sério, porque ela
estava muito doente", afirma.
A modelo Giane Albertoni,
25, também defende a tese de
que a morte de Ana Carolina foi
um caso isolado. "Eu perco de
cinco a seis quilos antes da São
Paulo Fashion Week, mas faço
isso de forma controlada."
"Já vi muitas meninas passarem dias sem comer nada, só
com água e cigarro. Eu já fiz minhas dietas malucas", diz a modelo Luciana Curtis, 27. "É preciso ter apoio, principalmente
da família. Não adianta procurar um único culpado. O problema é bem mais complexo",
afirma.
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