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Projeto aumenta em 10% número de isentos do IPTU
Cerca de 1 milhão de contribuintes, um terço do total de proprietários, não vão pagar o imposto no ano que vem
Apesar da ampliação, número de isentos é menor do que quando o IPTU progressivo foi aprovado no município, há oito anos
DA REPORTAGEM LOCAL
Cerca de 1 milhão de contribuintes serão isentos do pagamento do IPTU em São Paulo,
com as mudanças que a prefeitura vai fazer na cobrança do
imposto para o ano que vem.
O projeto que o prefeito Gilberto Kassab (DEM) vai mandar hoje à Câmara Municipal
com a revisão da planta genérica de valores vai aumentar o valor de isenção dos atuais
R$ 65,5 mil para R$ 92,5 mil.
Com isso, diz a prefeitura, vai
aumentar o número de isentos.
Atualmente, a isenção do IPTU
(Imposto Predial e Territorial
Urbano) atinge 900 mil contribuintes. A cidade tem 2,96 milhões de imóveis cadastrados.
Mesmo com a ampliação de
10% nas isenções, a prefeitura
não chega aos patamares de
2001, quando foi feita a última
revisão da planta genérica de
valores e foi aprovado o IPTU
progressivo. Na ocasião, cerca
de 1,1 milhão de contribuintes
ficaram livres do imposto. Desde então, mais de 200 mil imóveis perderam o benefício.
O projeto que chega hoje à
Câmara Municipal prevê mudanças também no ISS (Imposto Sobre Serviços) e no parcelamento de dívidas municipais.
Será permitido o parcelamento em até 120 vezes, com
desconto de 50% das multas e
de 100% dos juros, para as dívidas vencidas até 2005. Esse benefício vem sendo concedido
há três anos, mas só para dívidas vencidas até 2004.
Isenção para cinemas
Cinemas de rua -localizados
fora dos shoppings centers-
terão isenção de ISS a partir de
2010. É o que prevê o projeto
que Kassab vai encaminhar hoje à Câmara Municipal.
Apesar de estarem isentos do
pagamento do Imposto Sobre
Serviços, os cinemas de ruas
continuarão pagando IPTU
normalmente. Para 2010, ficarão sujeitos ao teto de 60% de
reajuste do imposto, por serem
imóveis não residenciais.
O projeto concede isenções
também para outros eventos
culturais: todos os espetáculos
teatrais, de dança e balé, concertos de ópera e música erudita, recitais de música, shows de
artistas brasileiros, espetáculos
circenses nacionais, bailes e
desfiles (inclusive folclóricos e
de Carnaval).
Para todas as mudanças entrarem em vigor em 2010, os
vereadores precisam aprovar o
projeto até o fim de dezembro.
(EVANDRO SPINELLI)
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