|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
RIO GRANDE DO SUL
Pais devem processar técnica suspeita de envenenar bebês
MATHEUS PICHONELLI
DA AGÊNCIA FOLHA
GRACILIANO ROCHA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM
PORTO ALEGRE
Familiares de bebês internados no hospital da Ulbra
(Universidade Luterana do
Brasil), em Canoas (região
metropolitana de Porto Alegre), sob suspeita de terem
sido intoxicados com sedativos por uma técnica em enfermagem, devem processar
a instituição e a funcionária
por causa do episódio.
Presa sábado e demitida
ontem, Vanessa Pedroso, 25,
é suspeita de injetar morfina
e benzodiazepínicos em 11
recém-nascidos, provocando
crises respiratórias. Os bebês, que foram parar na UTI,
não correm risco de morte;
seis já tiveram alta.
Avó de uma criança internada, Janaína Luzia Soares
diz que um grupo será montado pelos familiares para
processar a funcionária e a
instituição por negligência.
"Vi minha neta nascer com
saúde. No mesmo dia ela estava roxa, com falta de ar."
A direção da instituição
iniciou investigação para
apurar como a funcionária
teve acesso a medicamentos
controlados. A maternidade,
que faz 200 partos por mês,
foi reaberta ontem após três
dias paralisada.
Paralelamente, a polícia
investiga as mortes de recém-nascidos desde junho
de 2008, período em que a
funcionária trabalhou no
hospital. O objetivo é saber
se há ligação entre as mortes
e intoxicações supostamente
provocadas pela técnica.
Ontem, a polícia encaminhou para perícia uma seringa com um líquido encontrada numa pochete que supostamente era de Vanessa.
O advogado da funcionária
disse ontem que aguardava a
análise de um juiz sobre um
pedido de liberdade. Segundo ele, a técnica nega a acusação e foi pressionada pela polícia para admitir culpa.
Texto Anterior: Rio: Professor poderá trabalhar de bermuda Próximo Texto: Saúde: RN confirma sete mortes por gripe suína Índice
|