São Paulo, terça-feira, 17 de novembro de 2009

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RIO GRANDE DO SUL

Pais devem processar técnica suspeita de envenenar bebês

MATHEUS PICHONELLI
DA AGÊNCIA FOLHA

GRACILIANO ROCHA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

Familiares de bebês internados no hospital da Ulbra (Universidade Luterana do Brasil), em Canoas (região metropolitana de Porto Alegre), sob suspeita de terem sido intoxicados com sedativos por uma técnica em enfermagem, devem processar a instituição e a funcionária por causa do episódio.
Presa sábado e demitida ontem, Vanessa Pedroso, 25, é suspeita de injetar morfina e benzodiazepínicos em 11 recém-nascidos, provocando crises respiratórias. Os bebês, que foram parar na UTI, não correm risco de morte; seis já tiveram alta.
Avó de uma criança internada, Janaína Luzia Soares diz que um grupo será montado pelos familiares para processar a funcionária e a instituição por negligência.
"Vi minha neta nascer com saúde. No mesmo dia ela estava roxa, com falta de ar."
A direção da instituição iniciou investigação para apurar como a funcionária teve acesso a medicamentos controlados. A maternidade, que faz 200 partos por mês, foi reaberta ontem após três dias paralisada.
Paralelamente, a polícia investiga as mortes de recém-nascidos desde junho de 2008, período em que a funcionária trabalhou no hospital. O objetivo é saber se há ligação entre as mortes e intoxicações supostamente provocadas pela técnica.
Ontem, a polícia encaminhou para perícia uma seringa com um líquido encontrada numa pochete que supostamente era de Vanessa.
O advogado da funcionária disse ontem que aguardava a análise de um juiz sobre um pedido de liberdade. Segundo ele, a técnica nega a acusação e foi pressionada pela polícia para admitir culpa.


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