DE SÃO PAULO

Um dos adolescentes acusados das agressões na Paulista é, para autoridades brasileiras e italianas, filho de um italiano investigado por suposta ligação com a Máfia siciliana, conhecida como Cosa Nostra. O avô da família, que morreu em 2004, foi um de seus maiores chefões.
Os documentos apresentados pelo garoto à polícia escondem esse parentesco. Há como pai um brasileiro que, para as autoridades, foi inventado pelo italiano há 16 anos, quando chegou ao Brasil.
Em 2009, a pedido do governo italiano, o pai foi preso em São Paulo e só não foi extraditado porque a Justiça de Palermo revogou a prisão temporária.
Em agosto passado, o pai pediu (e teve negado) um habeas corpus preventivo para evitar nova prisão e extradição porque soube que, em julho, teve prisão decretada na Itália.
No pedido, ele disse ser um brasileiro confundido com o italiano. Ontem, ele e sua advogada foram procurados, mas não atenderam à reportagem.
A embaixada da Itália diz não haver dúvida de sua identidade.
(ROGÉRIO PAGNAN)


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