São Paulo, quarta-feira, 17 de novembro de 2010

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Zelador confessa ter matado ex-ministro, afirma polícia

José Guilherme Villela, que atuou no TSE, foi morto em sua casa em 2009

Mulher e empregada de Villela também foram mortas; para a polícia, principal suspeita do caso era a filha do casal

DE BRASÍLIA

A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu o ex-zelador do prédio onde foram mortos a facadas o casal José Guilherme Villela, 73, e Maria Carvalho, 69, e sua empregada, Francisca da Silva, 58.
Leonardo Campos Alves confessou ter matado os três para roubar joias e dinheiro, afirmam os investigadores.
Villela foi ministro do Tribunal Superior Eleitoral e advogado de Fernando Collor, ex-presidente e hoje senador.
Os corpos foram achados em 31 de agosto de 2009 no apartamento da família, numa área nobre de Brasília.
Até ontem, a principal suspeita era a filha do casal, a arquiteta Adriana Villela, denunciada e, desde outubro, ré no processo do crime. Ela sempre negou participação.
Ontem, a defesa de Adriana não tinha informações sobre a captura do ex-zelador.
A polícia do Distrito Federal ainda não descarta uma eventual participação da arquiteta, que chegou a ser presa durante as investigações.
O ex-zelador foi detido na segunda em Montalvânia, Minas. Segundo o diretor de polícia Pedro Cardoso, Alves deu detalhes dos assassinatos e do que fez com as joias. Ele também apontou como cúmplice Paulo Cardoso, já preso por outro crime.
O ex-zelador foi demitido dois anos atrás. Mudou-se, então, para Minas, onde tem um mercadinho e um bar.
O depoimento de Alves foi acompanhado por um representante da OAB. A polícia não soube informar se ele tem advogado próprio.
A prisão de Alves, que trabalhou por mais de uma década como zelador do prédio cenário do crime, indica uma nova linha de apuração.
A investigação foi comandada por uma delegacia que não respondia pelo caso.
O Ministério Público informou que a apuração "foi feita sem a fiscalização" do promotor responsável. A chefia da polícia afirma que os investigadores receberam uma dica do envolvimento de Alves e a "aprofundaram".


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