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São Paulo, quarta-feira, 17 de dezembro de 2003

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Gestão FHC fez o mesmo ao criar avaliação

DA REPORTAGEM LOCAL

Sob forte crítica da comunidade acadêmica, o Exame Nacional de Cursos, ou Provão, foi instituído em março de 1995 também por medida provisória, reeditada diversas vezes até virar a lei 9.131, em 24 de novembro do mesmo ano.
Foi aplicado pela primeira vez em 1996, na gestão de Fernando Henrique Cardoso. O Provão, segundo seus criadores, serve para avaliar os cursos, e não os estudantes.
Desde o início do exame, não são divulgadas as notas obtidas pelas instituições, e sim um conceito que varia de A a E. Até 2000, ficavam com conceitos A e B as instituições de ensino que estavam entre as 30% melhores, com D e E as 30% piores e com C as restantes.
A partir de 2001, o critério de atribuição de conceitos deixou de ser os extremos das notas. Desde então, o desvio de cada curso em relação à média geral passou a definir o conceito.
Apesar de mais flexível do que o anterior, esse critério faz com que conceitos iguais em cursos diferentes não signifiquem nível semelhante de qualidade, já que a nota média geral de um pode ser mais alta em um curso do que em outro. As carreiras de engenharia, por exemplo, costumam ter notas mais altas do que a de direito.
Neste ano, o MEC optou por dar ênfase, na divulgação dos resultados do Provão, às notas médias de cada curso, em detrimento dos seus conceitos.
O argumento é que as notas mostram que, mesmo o curso obtendo A, não significa que tenha excelência em qualidade, uma vez que, se em determinada área a média for baixa, para ter conceito A, o curso poderia requerer até menos pontos do que para ter D de outra área.


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