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ADMINISTRAÇÃO
No balanço dos três anos da gestão Marta, secretário admite que governo terminará o ano com déficit
Prefeitura deve fechar de novo no vermelho
DA REPORTAGEM LOCAL
O secretário de Finanças, Luís
Carlos Fernandes Afonso, reconheceu ontem que a prefeitura
deve terminar este ano no vermelho mais uma vez. Afonso, que assumiu em maio deste ano, descartou também a re-renegociação da
dívida com o governo federal -o
que bate de frente com a posição
da prefeita Marta Suplicy (PT)-,
mas criticou o acordo firmado
por Celso Pitta (97-00) em 99.
O secretário afirmou ontem que
a arrecadação tem crescido desde
outubro, mas a prefeitura deve
terminar o ano com déficit. Segundo o economista, o objetivo é
que o valor fique abaixo do de
2002, de R$ 246,6 milhões.
Desde que assumiu, Marta sempre defendeu a revisão do acordo.
No começo deste semestre, a petista afirmou que "depois da reforma tributária São Paulo senta
na mesa para negociar suas dívidas". A reforma foi aprovada, mas
o secretário afirmou ontem que
"temos um contrato em vigor,
que a gente precisa cumprir".
Pelo acordo, a prefeitura é obrigada a destinar 13% da sua receita
-cerca de R$ 1,2 bilhão- líquida mensal para o pagamento da
dívida com o governo federal.
A declaração de Afonso foi dada
depois de cerimônia de balanço
dos três anos da gestão Marta, na
prefeitura. Ladeada por quase todo o seu secretariado, a prefeita
apresentou as mudanças nos
transportes e a construção dos
CEUs (Centros Educacionais
Unificados) como as principais
"revoluções" de seu governo. Para cumprirem suas metas, no entanto, os projetos ainda precisam
de ações e investimentos em 2004.
Segundo Marta, os 17 escolões
inaugurados, e os outros quatro
previstos para janeiro, criarão 50
mil vagas na rede municipal.
Já o novo sistema de transporte,
que teve o primeiro corredor
inaugurado nesta semana, foi
apresentado como a concretização da política municipal de privilegiar o transporte coletivo.
A promessa era entregar, até o
final de 2004, 400 km de vias exclusivas, à esquerda, para o ônibus. No entanto, segundo o secretário dos Transportes, Jilmar Tatto, muitos dos corredores ficarão
apenas para os próximos anos,
devido ao atraso na liberação do
financiamento do BNDES.
A prefeita também destacou a
construção de seis novos piscinões, a revitalização do centro e as
obras viárias na zona oeste.
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