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CÂMARA
Extinção da cobrança, criada por Marta Suplicy (PT), era promessa de campanha do então candidato José Serra (PSDB)
Vereadores aprovam o fim da taxa do lixo
ALEXSSANDER SOARES
DA REPORTAGEM LOCAL
Em votação simbólica (sem voto nominal), a Câmara Municipal
extinguiu ontem a cobrança da taxa do lixo domiciliar em 2006. A
taxa foi criada em 2002 em um
projeto da ex-prefeita Marta Suplicy (PT).
O fim da cobrança era uma das
promessas de campanha do então
candidato José Serra (PSDB). A
proposta segue agora para a sanção do prefeito.
A bancada petista, que votou a
favor da criação da taxa na gestão
Marta, se absteve ontem de votar.
A única exceção foi o vereador
Arselino Tatto (PT), que, contrariando uma decisão da bancada,
votou pela extinção da taxa.
A taxa continuará sendo cobrada dos grandes geradores de lixo
(como hipermercados e empresas) e os geradores de resíduos de
saúde (como clínicas médicas, veterinárias, odontológicas e de fisioterapia, farmácias, laboratórios, ambulatórios, casas de repouso e hospitais).
Quem deixou de pagar a taxa
domiciliar desde sua implantação, em 2003, não será anistiado.
Esses consumidores receberão
um carnê, a partir do próximo
ano, com a dívida parcelada.
O projeto aprovado ontem também prevê a isenção da taxa da luz
-contribuição para custeio do
serviço de iluminação pública -
aos moradores de ruas que não
possuam o serviço.
Desde o início de sua cobrança,
em janeiro de 2003, a taxa do lixo
já rendeu R$ 527 milhões aos cofres municipais, em valores atualizados até novembro.
A taxa da luz, também cobrada
a partir do mesmo ano, arrecadou
R$ 396 milhões até novembro.
Para compensar a perda da receita com as duas taxas, a gestão
Serra indicou que pretende apertar o cerco à sonegação fiscal e
modernizar a área tributária.
É exigência da Lei de Responsabilidade Fiscal indicar como será
feita a compensação de perda de
receita no orçamento público.
O projeto aprovado, por exemplo, estabelece que os fiscais da
Secretaria Municipal de Finanças
poderão apreender nos estabelecimentos fiscalizados documentos, papéis, livros, arquivos magnéticos ou eletrônicos e equipamentos para atendimento ao público para comprovação de eventual sonegação fiscal.
A proposta será ainda complementada com a aprovação de um
outro projeto, ainda em discussão
na Câmara, que prevê o pagamento de gratificação aos auditores fiscais pelo cumprimento de
metas na fiscalização e o reforço
no quadro atual de 451 auditores,
com a contratação de mais cem.
A gestão Serra pretende votar o
projeto no início de janeiro.
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