CAIO BARRETTO BRISO
DA SUCURSAL DO RIO

Cinco dias após ser embargada, a obra da construtora WTorre no centro do Rio, suspeita de causar rachaduras em edifícios vizinhos, foi liberada pela juíza Luciana de Oliveira Leal, da 6ª Vara Cível.
A decisão foi baseada em um documento da Subsecretaria Municipal de Defesa Civil, que diz que é mais perigoso manter aberto o buraco de 25 metros de profundidade do que fechá-lo.
"É uma decisão estranha. Normalmente, é preciso que haja laudos laboratoriais detalhados para concluir isso", disse à Folha o presidente do Crea-RJ, Agostinho Guerreiro.
Antonio Eulálio, conselheiro da mesma entidade, já afirmara que a WTorre era a responsável pelas rachaduras que surgiram no início das obras, em agosto, nos edifícios vizinhos. Mas ele concorda com a tese da Defesa Civil.
Apesar das evidências, a WTorre nega ser responsável pelos problemas nos edifícios, que surgiram com o início das obras. A Petrobras deve alugar por um período mínimo de 15 anos as três torres em construção.


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